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sábado, 25 de outubro de 2014

FUNDADORA DO PT PASSA A APOIAR AÉCIO NEVES

Sandra Starling afirmou, em artigo, que seu voto é um "veto ao voto em Dilma"


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Fundadora e estrela de primeira grandeza do PT até 2010, Sandra Starling revelou em artigo divulgado nesta quarta-feira que seu voto para presidente será de Aécio Neves, do PSDB. “Meu voto é um veto ao voto em Dilma”, diz a ex-deputada que chegou a ser líder do Partido na Câmara. “O PT se julgou a consciência política do Brasil, mas é tão corrupto quanto os demais”, afirmou.

Sandra Starling foi uma das principais lideranças do PT em Minas Gerais, sendo a primeira candidata da legenda a disputar o governo do Estado, em 1982. No primeiro mandato de Lula (2003 e 2006) ocupou a secretaria executiva do Ministério do Trabalho. A decisão de apoiar o tucano Aécio Neves se deu depois que soube da “censura” imposta pela presidenta Dilma Rousseff  ao IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo a ex-líder do PT, os dados levantados pelo IPEA mostrariam que a “desigualdade social no Brasil não diminuiu. “Não dá para continuar acreditando nas mentiras que a presidenta Dilma vem contando”, afirmou. “Votar em Dilma seria exercer o direito de ser idiota”.

Sandra Starling não é a primeira fundadora do PT que se rebela contra os rumos tomados pela legenda desde que chegou ao poder em janeiro de 2003.

O jurista Hélio Bicudo, que chegou a ser vice na chapa de Lula em 1982, quando o ex-presidente disputou ao governo paulista, e foi vice-prefeito de São Paulo na gestão de Marta Suplicy, também tem feito sérias críticas ao PT e a forma como o partido vem se portando no governo federal. “Se Dilma vencer a democracia estará em jogo”, chegou a dizer o jurista em 2010. Homem de história comprometida com a ética e com a defesa dos Direitos Humanos, Bicudo deixou o PT em 2005, logo depois do escândalo do Mensalão.
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sábado, 11 de janeiro de 2014

Projeto de Cristovam Buarque - Educação é Progresso

 

















Expediente •  Contato •  Site da SBPC

domingo, 3 de novembro de 2013

ANTÔNIO TORRES NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS




Antônio Torres debruçado sobre a sua vasta obra, composta por clássicos como UM TÁXI PARA VIENA D'ÁUSTRIA e ESSA TERRA
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No próximo dia 07 de novembro de 2013, o escritor Antônio Torres será eleito para a Academia Brasileira de Letras, passando a integrar uma escol, de essenciais romancistas da Casa de Machado de Assis e de nossa Literatura, como Ana Maria Machado, Nélida Piñon, Carlos Heitor Cony, Lygia Fagundes Telles, João Ubaldo Ribeiro, Carlos Nejar, Ariano Suassuna e Marco Lucchesi.

Antônio Torres  é romancista de reconhecimento internacional, autor de 14 romances já em várias reedições e traduções. O Cachorro e O Lobo (1997), em minha opinião, é seu livro mais completo, de uma refinada beleza, recheado de pontais poéticos.

Durmamos mais um pouco, mais um pouco, mais um pouco, até a chuva passar. Chove, chuva. Chove verde nos sonhos do meu pai. Porque o verde é a cor dos seus sonhos, eu sei. Desde menino.

E me tornou capaz de empreender uma  viagem fantástica, através das páginas de um romance chamado Pedro Páramo.

Eis-me de regresso a essa terra de filósofos e loucos, a começar pelo meu pai, que disso tudo tem um pouco.

Agora uma lembrança me surpreende tanto quanto a minha própria sombra.

A cama feita, uma muda de roupa pendurada num cabide, um vaso de planta à janela, a toalha de banho arrumadinha nas costas de uma cadeira.

Antônio Torres nasceu na Bahia, na geografia de Castro Alves e Jorge Amado. Seu sonho, desde menino, era ser poeta, o destino não quis. Seguindo a tradição ficcional, Antônio Torres encontrou seu caminho de unidade na prosa, construindo uma obra magnífica, que sobreviverá por gerações.

A Academia Brasileira de Letras receberá, em seu salão centenário, uma figura ímpar de nossa cultura, um verdadeiro fenômeno literário, que merece todas as honras e as glórias devidas a um gênio de sagração eternal.

Antonio's 006
                                                                 
Imagem


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Diego Mendes Sousa e Antônio Torres

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Trechos do romance de Antônio Torres
Minuta de Diego Mendes Sousa

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

HOMENAGEM A MIGUEL GUARANI

HOMENAGEM
Miguel Guarani é homenageado 
em Francisco Santos
 

Como parte de homenagem foram dados nomes a uma Rua e uma Biblioteca
Da Redação JPonline  
24/12/2010
JPonline
 

O Escritor Francisco Miguel de Moura realiza o descerramento da placa que dá nome a Biblioteca em Homenagem ao seu pai Miguel Borges de Moura

O mestre escola, poeta e repentista Miguel Borges de Moura, conhecido por Miguel Guarani foi homenageado na tarde da última quarta-feira, 22, na cidade de Francisco Santos, dando nome a uma rua e a uma biblioteca.

O evento aconteceu na escola Municipal Santa Filomena, local que recebeu a biblioteca Miguel Guarani. Na oportunidade, prestigiaram a homenagem o irmão Antonio Borges de Moura, a irmão Mariinha Josefa de Sousa Moura, que inclusive leu um poema feito pelo escritor Chico Miguel que é filho do homenageado, além dos escritores Chico Miguel, Erismar Moura e João Bosco da Silva, além do ex-presidente da ALERP – Academia de Letras da Região de Picos, jornalista Francisco das Chagas de Sousa, professores, intelectuais, amigos, além o staff da Prefeitura Municipal.

O escritor Francisco Miguel de Moura disse que a homenagem era merecida e, há muito tempo esperava por esse momento, pois seu pai fez muito pela educação e pela cultura do povo de Francisco Santos e de toda região.

João Bosco lança livro em Francisco Santos

Depois de 30 anos juntando documentos e pesquisando sobre sua terra natal, o escritor João Bosco da Silva lançou na noite desta quinta-feira, 23 de dezembro, seu mais novo livro – Genipapeiro: Terra dos espritados. O evento aconteceu na Escola Municipal Santa Filomena, com a presente do também escritor João Erisma de Moura que também lançou seu livro, de Chico Miguel além de muitos outros escritores e comunidade em geral.
A obra Genipapeiro: Terra dos Espritados, reúne pesquisa que durou mais de 30 anos e ainda crônicas de outros escritores franciscosantenses, ou espritados. A obra homenageia personalidades como Francisco Santos, Licínio Pereira e Francisco Rodrigues de Sales (Xodó) e muitos outros que fizeram a diferença no processo de crescimento de Francisco Santos, que tem se destacada ao longo de sua história.

A obra antes mesmo de ter sido publicada atraiu críticas pelo seu titulo, a favor e contra, mas levando em consideração aos leitores o autor resolveu manter o titulo e disse que não se arrependeu, até porque era um sonho e se não o fizesse da forma como está, não ficaria contente – finalizou.

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  COPIADO de  www.jornaldepicos.com   
Fotos do arquivo de Francisco Miguel de Moura
                                         em 24/12/2010

sexta-feira, 11 de março de 2011

MOACYR SCLIAR e BENEDITO NUNES

  A LITERATURA BRASILEIRA DE LUTO


Morreram no último domingo, 27 de fevereiro, dois escritores e intelectuais respeitados e muito queridos em todo o país. No  sul, em Porto Alegre, Moacyr Scliar (1937-2011), e, em Belém do Pará, Benedito Nunes (1929 - 2011). 

Moacyr Scliar tinha mais de 70 livros publicados, dezenas de traduções de alta qualidade, ganhou três prêmios Jabuti (2009, 1993 e 1988) e o prêmio Casa de Las Américas em 1989. Médico sanitarista, começou a escrever em 1970 e acabou trocando a medicina pela literatura. Scliar também recebeu pelo romance A Majestade do Xingu, em 1998, o Prêmio José Lins do Rego, da Academia Brasileira de Letras, em que era titular da cadeira nº. 31. Ele foi sepultado segunda-feira, 28, no Cemitério do Centro Israelita da capital gaúcha. Moacyr foi um ficcionista de primeira linha e conseguiu a proeza de ganhar quatro vezes o maior prêmio literário do Brasil, o Jabuti. Apesar de tão premiado, mantinha uma postura simples. Apreciava as rodas literárias, sem se deixar contaminar por uma vaidade que atinge a quem tem mais pose do que talento. Moacyr esteve em Montes Claros, no dia 20 de agosto de 2008, no Centro Cultural Hermes de Paula.


Benedito Nunes, pensador raro, venceu o Prêmio Jabuti 2010 na categoria crítica literária, por seu livro A Clave do Poético. Publicou também O Drama da Linguagem - Uma Leitura de Clarice Lispector e centenas de artigos para jornais de alcance nacional e internacional. Aposentado como professor titular de Filosofia pela UFPA - Universidade Federal do Pará, esse crítico literário, ensaísta e filósofo deu também aulas de literatura e filosofia em diversas universidades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Seu corpo foi cremado dia 28 de fevereiro de 2011, no cemitério Max Domini, em Marituba, a 20km de Belém, PA.  O professor, filósofo, crítico literário, ensaísta e escritor  Benedito Nunes é reconhecido internacionalmente como um dos pensadores mais importantes da atualidade.


O Norte de Minas   - Jornal  
Uma publicação da Indyugraf Ltda.     
www.onorte.net
 02/03/2011 - 11h53m

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

BACTÉRIA USA ARSÊNICO PARA DESENVOLVER-SE

Descoberta da NASA revela que existem mais elementos essenciais à vida do que se imaginava

Alessandro Greco, especial para o iG | 02/12/2010 15:31
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Foto: Divulgação/Science


Imagem de microscópio da bactéria: GFAJ-1 consegue colocar substância tóxica no seu DNA
Uma coletiva anunciada pelo departamento de Astrobiologia da Nasa para esta quinta-feira (2) à tarde fez com que a Internet se enchesse de boatos sobre um possível anúncios de descoberta de vida fora da Terra. Na verdade, o que se descobriu altera a percepção do que se supõe ser a vida dentro do planeta.

Um estudo publicado nesta quinta na revista Science redefiniu o que os cientistas acreditavam serem os elementos necessários à vida. Uma equipe de pesquisadores liderados por Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da NASA, descobriu uma bactéria capaz de sobreviver em um meio recheado de arsênico, um composto historicamente conhecido por ser venenoso. Até então acreditava-se que os elementos básicos à vida de todos os seres vivos eram carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo. “Não há nenhum relato anterior da substituição de um dos seis grades elementos essenciais à vida. Aqui apresentamos evidência de que arsênico pode substituir fósforo nas moléculas de uma bactéria que existe na natureza”, afirmou Felisa no artigo. A bactéria, descoberta no lago Mono, na Califórnia (EUA), conseguiu também incorporar o arsênico em seu DNA.

O fato de ela sobreviver e se desenvolver com arsênico não significa, no entanto, que ele seja seu alimento preferido. No experimento feito por Felisa, a bactéria cresceu mais rapidamente quando alimentada com fósforo do que com arsênico. Em tempo: o lago Mono contém altas concentrações dos dois, fósforo e arsênico.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO (1923-2010)

NOBEL DE LITERATURA

BBC Brasil | 18/06/2010

Saramago era conhecido por ser polêmico e ter língua afiada. Deixou uma longa lista de desafetos. Também se natabilizou por seu lendário pessimismo.
O escritor português José Saramago, que morreu nesta sexta-feira, 18 de junho, com 87 anos, era conhecido tanto por seu talento literário como por suas visões polêmicas. Saramago era um comunista ferrenho e seus desafetos incluíam a Igreja Católica, o governo israelense e o ex-presidente americano George W. Bush. "Eu sou um comunista hormonal, meu corpo contém hormônios que fazem crescer minha barba e outros que me tornam um comunista. Mudar, para quê? Eu ficaria envergonhado, eu não quero me tornar outra pessoa", disse Saramago ao repórter da BBC Alfonso Daniels, em uma entrevista em junho de 2009.

domingo, 6 de junho de 2010

ANDREI VOZNESENSKY - POESTA RUSSO


Morre Andrei Voznesensky

Reuters | 01/06/2010 16:30 Foto: Getty Images
Autor ficou conhecido após as mudanças ocasionadas com a morte do ditador Josef Stalin.
O poeta russo Andrei Voznesensky, que ganhou destaque durante o degelo que se seguiu à morte do ditador Josef Stalin e que nunca se curvou ao Kremlin, morreu em Moscou na terça-feira aos 77 anos.
O primeiro-ministro Vladimir Putin, em telegrama enviado na terça à viúva de Voznesensky, disse que o poeta amado "tornou-se verdadeiramente uma pessoa de influência dominante".

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

WILSON MARTINS (1921 - 2010)

"Sempre entendi a crítica como um diálogo, ou antes como um
triálogo, no qual se ouvem as vozes do Autor com a obra, do Crítico
com a análise e do Leitor com o julgamento final, instituído a
partir das perspectivas abertas pelos dois primeiros."
Wilon Martins



PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
31-01-2010 - Falecimento





O escritor e crítico literário Wilson Martins recebeu prêmios como o Jabuti e Machado de Assis

O escritor e crítico literário Wilson Martins, de 88 anos, nascido em São Paulo (SP), morreu no sábado (30-1-2010), em Curitiba, em decorrência de complicações de uma cirurgia para a retirada da bexiga. Ele estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças.O velório está sendo realizado na capela 3 do Cemitério Luterano, ao lado do Estádio Couto Pereira. Após as 17h, o corpo do escritor será encaminhado para o Crematório Vaticano, onde será cremado em cerimônia reservada à família.

Wilson Martins é autor da obra em 12 volumes “História da Inteligência Brasileira”. Entre outras obras estão “A Idéia Modernista”, “A Crítica Literária no Brasil” e “A Palavra Escrita”.

Wilson Martins nasceu em São Paulo, em 1921. Tornou-se professor de literatura francesa na Universidade Federal do Paraná e deu aulas de literatura brasileira em universidades dos Estados Unidos. Na Universidade de Nova York ele trabalhou por 26 anos, em que se tornou professor emérito, e se aposentou em 1992.

Martins foi colunista dos jornais “Jornal do Brasil”, “O Globo” e a “Gazeta do Povo”. O crítico recebeu prêmios como o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por duas vezes, por volumes do livro “História da Inteligência Brasileira”, e o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, em 2002, pelo conjunto de sua obra.




ENTREVISTA

José Castello



Escritores estão presos ao século 19, diz Wilson Martins

(in O Estado de São Paulo, 30.05.1998)


Para o crítico, a literatura brasileira precisa cumprir o seu compromisso com a atualidade para não desaparecer e diz que autores não têm investido nos problemas do País, com exceção de poucos, entre eles Fausto Wolf, Maria Cristina Cavalcante de Albuquerque e Luiz Antônio de Assis Brasil

JOSÉ CASTELLO

RIO - Para o crítico literário Wilson Martins, a literatura brasileira não está hoje dando conta dos problemas do País. E alerta: "Ela precisa tornar-se contemporânea para não morrer, pois ainda responde aos esquemas que vieram do século 19."

Ele garante que o nosso grande romancista é Josué Montello e confessa não gostar de Raduan Nassar nem de Nélson Rodrigues, cuja obra ele considera demagógica. Mas fala ainda sobre os injustiçados, entre eles Marcos Rey e Ignácio de Loyola Brandão.

Estado - Que futuro aguarda a literatura neste mundo informatizado?

Wilson Martins - Temos de partir de outra pergunta, saber se a literatura ainda fará algum sentido no mundo moderno. Ao menos a literatura na concepção tradicional que vem do século 19. Os pesquisadores têm a tendência de encarar a pesquisa literária como se ela fosse objeto de ciência. Isso é uma tolice. O que salva a crítica, se é que ela pode salvar-se, é a variedade de opiniões.

Estado - Que mudanças devemos esperar?

Martins - Os gêneros devem ser reformulados. A literatura deve ser outra coisa. Os melhores estão conseguindo. Poetas como Affonso Romano de Sant'Anna e Ivan Junqueira passaram a escrever sobre os grandes temas da civilização humana. São dois escritores que estão reagindo. Veja, por contraste, um poeta como João Cabral, que ainda se apega a uma temática muito regionalista. Os poetas modernos, como Saint-John Perse, ampliaram suas visões para além do nacional e chegaram aos temas universais.

Estado - A mudança dos conteúdos é mais importante que a das formas?

Martins - Quando se muda o conteúdo, se muda a forma. Mas a revolução formal não é tão importante quanto se imagina. O exemplo extremo é o concretismo, que acabou reduzido a exercícios tipográficos. As vanguardas apostam tudo na forma, e se esquecem do sentido, da emoção, da significação.

Estado - Quem mais está apostando no futuro?

Martins - Penso em um poeta como Gerardo Mello Mourão. Ele está sendo muito boicotado com acusações vagas de, na juventude, ter sido um direitista, até mesmo um espião fascista! Mesmo que essas acusações fossem verdadeiras, elas não teriam a menor importância para a avaliação de sua obra. Gerardo, em Invenção do Mar, teve a coragem de reescrever os Lusíadas na perspectiva brasileira. O resultado é excelente, mas a crítica o despreza.

Estado - A literatura brasileira de hoje está dando conta dos problemas brasileiros?

Martins - Não, não está. E ela precisa tornar-se contemporânea para não morrer. A literatura brasileira de hoje ainda está respondendo a esquemas que vieram do século 19. Os grandes romancistas de hoje são aqueles que superaram o regionalismo para escrever o romance social e histórico. Penso em um grande romance político como o Quarup, de Antonio Callado. E em Os Tambores de São Luís, de Josué Montello. Há um romance muito desprezado que também segue esse caminho: Luz do Abismo, de Maria Cristina Cavalcante de Albuquerque, publicado pelas Edições do Bagaço, do Recife. Outro romance de primeira linha muito rejeitado é o À Mão Esquerda, de Fausto Wolf. Gosto muito ainda do Luiz Antônio de Assis Brasil, de Porto alegre. Ele parte de temas locais, mas tem uma perspectiva universal, ao contrário de um poeta como Manoel de Barros, que é tão festejado, mas faz um regionalismo direto, sem força alegórica.

Estado - O que você pensa da geração de escritores brasileiros que chega hoje aos 40, 50 anos?

Martins - Bem, é a geração que surgiu depois do Rubem Fonseca, aquela que o sucede. Em grande parte, ela não conseguiu libertar-se da influência de Fonseca. Penso em Ana Miranda, que para libertar-se sempre quis dar um pulo maior que as pernas. Seu romance sobre Gregório de Matos, Boca do Inferno, é cheio de anacronismos e simplificações. E em Patrícia Melo, que continua presa a Rubem Fonseca e se mantém fiel ao gênero policial, mas apesar disso é mais moderna.

Estado - Há a geração que surgiu antes, ainda nos anos 70, que inclui nomes como os de Sérgio Sant'Anna e o de João Gilberto Noll. O que você pensa deles?

Martins - Sérgio Sant'Anna é muito bom, embora às vezes seja irregular, como naquele A Tragédia Brasileira. Já fiz também elogios aos contos do João Gilberto Noll. O problema do Noll é que, depois que passou a dedicar-se aos romances, vem escrevendo cada vez pior. Seus livros são cada vez mais gratuitos.

Estado - Você poderia explicar por que não gosta de Raduan Nassar?

Martins - Não tenho explicação para isso. Sei que ele é um escritor muito recomendado por grandes críticos, mas tentei lê-lo e não consegui gostar. Não consigo perceber o que ele quer, que tipo de literatura deseja fazer. É um escritor com o qual não tenho conexão. Acho que há muito de artificial em sua reputação. Ele sempre jura que não é escritor, que não deseja ser escritor, mas continuam a tratá-lo como escritor e ele parece gostar. Então, só posso pensar duas coisas: ou ele realmente não é um escritor, e o estamos torturando com essa idéia; ou ele não é sincero.

Estado - Quem são os outros bons escritores que você considera injustiçados?

Martins - Um grande injustiçado é Marcos Rey. É verdade que seus livros, em geral, caem de qualidade no fim. Não sei se ele se cansa, se ele se perde. É uma injustiça, de todo modo, que o prestígio de Rey nunca tenha ultrapassado as fronteiras de São Paulo. Outro injustiçado é Ignácio de Loyola Brandão. Ele é, sem dúvida, um escritor bastante irregular. Mas esse livro autobiográfico sobre o aneurisma cerebral (A Veia Bailarina) é ótimo. E com o Zero ele lançou o protótipo de uma literatura que, hoje, o Chico Buarque está imitando, sem conseguir chegar ao mesmo nível de qualidade. Loyola é, há muito, o grande escritor urbano de São Paulo, assim como Rubem Fonseca é o grande escritor urbano do Rio de Janeiro.

Estado - Vamos a outros nomes: que avaliação você faz da obra de Nélida Piñon?

Martins - Nélida é uma mulher importante que, além de ser presidente da Academia Brasileira de Letras, já recebeu prêmios prestigiosos no exterior. No entanto, tenho escrito críticas bastante desfavoráveis a seus livros. Acho sua literatura muito artificial. Ela escreve romances históricos cheios de lacunas e simplificações. Também me incomodo muito com o seu vocabulário. Nélida escreve narrativas muito retóricas, muito literárias.

Estado - E o que você pensa de Lygia Fagundes Telles?

Martins - Eu a considero uma escritora com a obra já concluída, que sempre foi muito melhor nos contos que nos romances. Mas também a considero uma escritora um pouco artificial, com seu estilo sempre um pouco rebuscado.

Estado - Somos um país de contistas?

Martins - Não só. Apesar de tudo, o romance brasileiro renova-se. Gosto muito, por exemplo, do Cristóvão Tezza. Seu último romance, Breve Espaço entre Cor e Sombra, o transforma em um escritor de primeira linha. Mas é verdade: não estamos em um período de grande produção romanesca.

Estado - Já que chegamos ao Paraná, como você avalia a obra de Dalton Trevisan?

Martins - Desde o início, sou um grande admirador do Dalton. Ele introduziu no conto brasileiro uma perspectiva absolutamente original. Mas sua obra está completa, não podemos nem devemos esperar surpresas. Ainda assim, ele continua a escrever com a competência de sempre.

Estado - Quem é nosso grande romancista?

Martins - Josué Montello é, hoje, sem dúvida, o decano do romance brasileiro. Escreve romances clássicos, na linha de Machado e de Eça, e não está preocupado em ser original. Ele mesmo admite, sem nenhum problema, que ignora as inovações estéticas dos últimos 50 anos. Escreveu romances extraordinários, em particular Os Tambores de São Luís. Não posso esquecer de citar, ainda, o João Ubaldo Ribeiro. Viva o Povo Brasileiro, em particular, é um romance muito curioso, ainda que bastante mal construído. Mas, apesar disso, você o lê e sabe que está diante de um grande romance. Os defeitos que ele pode ter são defeitos que só um grande romancista pode ter. O grande problema do João Ubaldo é que até hoje ele não se livrou da influência de Jorge Amado.

Estado - Aproveitando que você chegou a ele, que avaliação você faz da obra de Jorge Amado?

Martins - Amado vive, hoje, o mesmo problema de Lygia Fagundes Telles: é um romancista cuja obra já se concluiu. Seus grandes livros têm duas fases: a stalinista, em que praticou o realismo socialista, que se encerra com Terras do sem Fim; e a fase da desestanilização, na qual o melhor livro é Tenda dos Milagres. O grande defeito de Jorge Amado é o mesmo de Guimarães Rosa: a partir de um dado momento, ele não se libertou de si mesmo, passou apenas a imitar-se.

Estado - Você parece achar exagerado o prestígio de Guimarães Rosa. É isso mesmo?

Martins - Depois do Grande Sertão, Guimarães Rosa entrou em um beco sem saída: ou ele se renovava e já não era mais Guimarães Rosa, ou se repetia. Por isso, Grande Sertão não teve continuidade. Logo depois do lançamento do romance, encontrei-me acidentalmente com Sérgio Milliet, que era muito chegado ao Rosa. Ele me disse: "Este é apenas o primeiro volume, vai haver uma continuação que se chamará Grande Sertão: Cidades." Mas, em vez de escrever a continuação projetada, Rosa escreveu aqueles contos do Corpo de Baile, que são totalmente diferentes. Não conseguiu continuar seu projeto. Corpo de Baile é um livro que ninguém leu. Eu penso que o caso Guimarães Rosa precisa ser reexaminado pela crítica do futuro.

Estado - E Clarice Lispector?

Martins - Acho que a obra de Clarice também precisa ser repensada. Foi Clarice, e não Rosa, quem inaugurou o período estetizante de nossa literatura, pois Perto do Coração Selvagem é de 1943 e Sagarana, de 1946. A grande crítica, com as exceções de Antonio Candido e Sérgio Milliet, praticamente silenciou a respeito do romance de Clarice. E Rosa se apossou da glória de pioneiro, quando a glória devia ser dela. Rosa apossou-se ainda de outras glórias. Por exemplo, da glória de Mário Palmério que, em 1956, publicou Vida dos Confins, um romance que considero muito superior ao Grande Sertão. O romance de Rosa emocionou por causa de suas experiências lingüísticas. Mas, romance por romance, o de Palmério é melhor. Voltando a Clarice: depois de Perto do Coração Selvagem, ela caiu num certo limbo. No meu julgamento, seus livros de contos são infinitamente melhores que seus romances. Ela não é boa romancista.

Estado - Que valor você dá às experiências de Guimarães Rosa com a linguagem?

Martins - As experiências lingüísticas de Rosa têm importância como experiências lingüísticas, mas não como criação literária. Muita gente diz que o Rosa foi o nosso Joyce. Guardadas as devidas proporções, isso é verdade, mas só guardadas as devidas proporções. Ao contrário do que ensinam os irmãos Campos, Joyce renovou mais a narrativa do que a linguagem. Ele renovou a língua em Finnegans Wake, romance que é mais uma brincadeira do que um romance. Mas o Ulisses é, antes de tudo, um romance realista.

Estado - Você conhece os ficcionistas mais jovens. Leu, por exemplo, os livros de Bernardo Carvalho?

Martins - Li um livro desse rapaz, Os Bêbados e os Sonâmbulos, e realmente gostei muito. É uma história surrealista, mas que faz sentido. E é um livro muito bem construído. Ainda que, no fundo, tudo aquilo me pareça um pouco artificial.

Estado - Você não parece muito convencido, também, do prestígio de Nélson Rodrigues. Afinal, qual é o seu valor como dramaturgo?

Martins - Não sou admirador da obra do Nélson, que me parece um tanto demagógica. Penso que esse é mais um caso a ser reavaliado. Com sua biografia, O Anjo Pornográfico, Ruy Castro propôs a idéia de que Nélson é o grande dramaturgo brasileiro. Mas mesmo o Vestido de Noiva, que é sua única grande obra, já mereceu muitas ressalvas. Minha avaliação do teatro de Nélson não é nem um pouco positiva. Suas peças procuram sempre provocar escândalo. Ele multiplicava os incestos, as traições, fazia um teatro sensacionalista.

Estado - Como você vê nossa poesia desde a geração de Drummond, Bandeira e Vinícius?

Martins - Essa é uma geração que produziu grandes poetas, Bandeira e Drummond, sobretudo. Depois, em 45, surge a geração que se revolta contra a herança modernista, a chamada geração de 45. Mas ela foi incapaz de produzir um poeta do porte de Drummond. Mais tarde, vieram os concretistas, que formaram a nossa última escola poética organizada. Eles tinham um decálogo, regras de inclusão e de exclusão, combatividade. Mas tudo isso se concluiu num paradoxo: os concretistas produziram excelente teoria, mas não conseguiram fazer um só poema importante. Ficaram só nas experiências tipográficas e vocabulares, na poesia sem sentido. Os concretistas reformaram tanto a mansão da poesia que a tornaram inabitábel. Seu prestígio só perdura porque eles sempre foram muito brilhantes nas teorias e nos manifestos. E também extremamente agressivos.

Estado - Você faria uma avaliação parecida do modernismo de 22?

Martins - Não se pode ignorar o modernismo, pois ele propôs princípios muito oportunos. Mas hoje ele não faz sentido algum. É um pouco o mesmo caso do concretismo. O modernismo de 22 foi uma escola de obras falhadas. Você lê os manifestos, que são muito importantes, e percebe o que eles queriam ter feito e não fizeram. O próprio Mário de Andrade dizia: "Macunaíma, uma obra-prima que não saiu uma obra-prima." Mário é um escritor que está em segundo plano em todos os gêneros. Não foi um grande romancista, não foi um grande poeta. O Osvald de Andrade seguiu o mesmo caminho. A cada livro que Osvald publicava, dizia-se: "Bem, o próximo será um grande livro." E o grande livro nunca veio. O modernismo foi só um movimento de agitação.

Estado - Esses movimentos de agitação fazem falta?

Martins - Certamente que sim. Hoje não temos movimentos literários que sacudam o ambiente. E isso é muito ruim, pois eles fazem muito barulho e, mesmo sem criar grandes obras, favorecem a vitalidade criadora. Não importa a qualidade das obras, nem mesmo das teorias, o que importa é o barulho. Qual é a grande obra de Marinetti? É o futurismo como escola. O mesmo se pode dizer de Mário de Andrade. Sua grande obra não foi esse ou aquele livro, mas o modernismo de 22.
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Notícia e entrevista originárias da Internet, copiadas por Francisco Miguel de Moura

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA -2009

Herta Müller

08/10 - 08:05 , atualizada às 12:00 08/10 - Redação com agências*

ESTOCOLMO – A escritora romena, naturalizada alemã, Herta Müller, 56 anos, é a vencedora do prêmio Nobel de Literatura de 2009. Em um comunicado em Estocolmo na manhã desta quinta-feira (08), o secretário permanente da Academia Sueca, Peter Englund, afirmou que Müller, uma das favoritas ao prêmio, consegue com a "concentração da poesia e franqueza da prosa desenhar a paisagem dos despossuídos".

*Copiado da web: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura:

AFP

A escritora Herta Müller

Nascida em 1953 na cidade de Niţchidorf, na Romênia, filha de fazendeiros – parte de uma minoria que falava alemão –, Herta Müller se formou em estudos alemães e literatura romena pela Universidade de Temeschwar. Em 1976, começou a trabalhar como professora e tradutora do alemão em uma empresa de engenharia, mas foi demitida pouco tempo depois por se recusar a cooperar com a polícia secreta do regime comunista.

Seu primeiro trabalho, a coletânea de contos "Niederungen", já escrita em alemão – língua que adotou na literatura –, foi publicado em 1982 na Romênia, mas censurado, como a maioria das obras da época. O livro foi publicado na íntegra na Alemanha em 1984, mas Müller só emigrou para o país com o marido em 1987, dois anos antes da saída de Nicolae Ceausescu do poder. Nos anos 1990, tornou-se um dos principais nomes da literatura alemã contemporânea.

"A imprensa romena foi muito crítica com essas obras enquanto, fora do país, os jornais alemães as receberam muito positivamente", declarou Englund. "Por ter criticado publicamente a ditadura na Romênia, ela foi proibida de publicar seus trabalhos em seu próprio país."

Autora também de romances, poesias e ensaios, em um total de quase 20 livros, Herta Müller tem atualmente no Brasil apenas uma obra em catálogo: "O Compromisso", da Editora Globo, em que retorna com sensibilidade ao passado para narrar as adversidades que sofreu na Romênia, uma nação oprimida pelo regime comunista, sem perspectiva de futuro.

Müller é conhecida por obras como "The Land of Green Plums" (Terra de Ameixas Verdes), que dedicou a amigos romenos mortos sob o governo comunista de Ceausescu, e "The Appointment" (A Hora Marcada), em que uma romena costura bilhetes dizendo "case-se comigo" nos ternos de homens que vão viajar para a Itália.

"Em sua obra ela conta uma história muito intensa, com um estilo único", ressaltou Englund. "Basta ler meia página para saber que um texto é de Herta Müller: frases curtas, riqueza das imagens e uma precisão extrema com o idioma."

O último livro da escritora, "Atemschaukel" (2009), amplia o terreno de contestação ao descrever o exílio dos romenos de língua germânica na União Soviética. A obra é baseada na experiência vivida durante cinco anos por sua mãe em um campo de trabalho soviético depois da Segunda Guerra Mundial. Seu pai integrou a Waffen-SS, a tropa de elite de Hitler.

Müller é a 12ª mulher a vencer o Nobel de Literatura – recentemente, também ganharam o prêmio a austríaca Elfriede Jelinek, em 2004, e a britânica Doris Lessing, em 2007. No ano passado, o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio foi o escolhido. Além do cheque de US$ 1,4 milhão, Müller também vai receber uma medalha de ouro e será convidada a dar uma palestra na sede da academia, na capital sueca.

O Prêmio Nobel de literatura será entregue em Estocolmo no dia 10 de dezembro – data da morte de Nobel, em 1896 –, junto com os ganhadores de medicina, química, física e economia. O Prêmio Nobel da Paz é entregue em Oslo, na Noruega.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

BELDADES - RAÍNHA E MISSES


MISSE CANADÁ É BRASILEIRA
E CANDIDATA AO MIS UNIVERSO




A brasileira Mariana Valente, de 23 anos, venceu o Miss Canadá. Agora, ela vai representar o país no Miss Universo, nas Bahamas, em agosto.
Ela vai disputar o título da
mulher mais bonita do mundo com outra brasileira, Larissa Costa, eleita Miss Brasil 2009.

A paulista está no Canadá desde os 12 anos e estuda francês na universidade. Ela já participou de outros concursos de beleza como Miss Brasil Canada em 2005 e levou o título de Miss
Latina Canadá, em 2007.
Notíca colhida na Internet - site www.ig.com.br

CRISTE HELEN CANDIDATA
A RAINHA DOS MUNICÍPIOS



Eleita Garota Microrregião 2009, em desfile realizado no dia 25 de julho, na cidade de Francisco Santos - PI, a jovem Criste Hele, de 15 anos de idade, vai representar a Grande Região de Picos, no desfile que escolherá a Rainha dos Municípios Piauienses. O concurso faz parte da programação da Feira dos Municípios 2009, promovido pela APPM desde a última quarta-feira.

A Garota Microrregião 2009, Cristie Helen, bela morena de l m. e 73 c de altura, já se encontra em Teresina e participará do primeiro dia de desfile com traje típico. Natural de Francisco Santos, Cristie Helen irá concorrer com candidatas de outras regiões do Estado ao título de "a mais bela garota dos municípios piauienses". Dia 16, domingo, o concurso tem prosseguimento, desta vez as candidatas irão desfilar em traje esporte, social e de banho.
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Notícia colhida no Jornal de Picos, edição de 14.8.2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA - ESCRITOR


VIAGEM CULTURAL A PORTUGAL Dias 21 de junho a 1º de Julho de 2009


O escritor catarinense Emanuel Medeiros Vieira, radicado em Brasília, autor do recém-publicado romance “Olhos Azuis”, entre outras obras, participará da “Viagem às Nascentes da Língua Portuguesa”, do dia 21 de junho a 1° de julho, com um grupo de colegas de ofício.

A viagem foi organizada pelo editor Victor Alegria – português de nascimento, mas radicado no Brasil –, proprietário da Thesaurus Editora,
e começará no Porto, percorrerá várias cidades portuguesas, e terminará em Lisboa, onde a “comitiva cultural” ficará durante 4 dias.

Emanuel foi convidado a proferir palestras em colégios, universidades, entidades culturais, consulados, e na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).


O objetivo é fazer um intercâmbio cultural, levando livros e a palavra de alguns escritores que fazem a literatura brasileira de hoje.


O autor “ilhéu-candango” (como se intitula) deverá falar sobre a atual literatura brasileira, e também sobre outros temas, meditando sobre nossas raízes açorianas, além de discutir as razões da distância cultural que nos separa dos lusitanos.


Que outras viagens semelhantes sejam organizadas por editores que querem ver a literatura e a cultura brasileira de modo geral crescerem, com a participação de escritores deste Brasil imenso. Portugal é um rico tesouro de tradições e nós temos o novo para lhes mostrar, em livros e palestras como a que se realizará agora. Parabéns ao Editor Victor Alegria e a sua editora, a Thesaurus, de Brasília.

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*Notícia recebida por e-mail de 15.6.2009 – Brasília - DF

terça-feira, 19 de maio de 2009

NOTÍCIA - CULTURA - LEI A TITO FILHO*


FUNDAÇÃO MONS. CHAVES
Divulgação da lista de projetos aprovados
18/5/2009 12:57:23


Na manhã desta segunda-feira, em solenidade reunindo artistas, membros do Conselho Municipal de Cultura e o prefeito Silvio Mendes, foram divulgados os 31 projetos que serão contemplados pela Lei A. Tito Filho, Edital 2008/2009. A divulgação aconteceu no auditório da Casa da Cultura.

No edital 2008/2009, foram inscritos 170 projetos, sendo que 31 foram aprovados, sendo 13 na categoria Literatura, dois em Teatro e dois em Dança, dois em Artes Plásticas, um de cinema e 11 em Música. “Tivemos um aumento na quantidade com relação ao ano passado, em que tivemos 26. Isso mostra que a Lei A. Tito Filho está atendendo cada vez mais artistas”, frisa Magda Hlanne, secretária do Conselho Municipal de Cultura.

Segundo o presidente do Conselho, Nelson Nery Costa, na próxima edição, algumas novidades estão sendo estudadas, como um novo aumento nos investimentos, que hoje chegam a R$ 500 mil. “Além disso, estamos trabalhando para ampliar o Conselho Municipal de Cultura e criar atribuições relacionadas ao patrimônio histórico e outras políticas culturais, já que atualmente somos voltados basicamente para a Lei”, destaca.

A Lei A. Tito Filho (Lei nº 2.194) foi criada em 1993 e já possibilitou o financiamento de cerca de 180 projetos em várias áreas, o que tem contribuído para incrementar o cenário cultural da cidade. O incentivo fiscal às empresas dá-se com o ressarcimento total, pela Prefeitura de Teresina, através de desconto de ISS e IPTU (ou seja, 100% do valor investido no limite de 20% do imposto devido). O artista entrega seu projeto à Secretaria da Lei que o repassa ao Conselho Municipal de Cultura, para apreciação e posterior aprovação nas diversas áreas.

A Lei recebeu esse nome em homenagem ao Professor Arimatéa Tito Filho, escritor, que foi membro da Academia Piauiense de Letras e grande incentivador da produção e valorização da cultura teresinense.

O Menino Quase Perdido - Literatura - Francisco Miguel de Moura

Aprendendo com a Poesia - Literatura- Manoela Gomes dos Santos
Cabeça de Cuia em Quadrinhos- Literatura- Edinaldo Ferreira de Carvalho
Capoeira e Práxis Social- Literatura (Pesquisa)-Paulo Cesar Valadares Carvalho
História do Teatro Piauiense- Literatura- Francisco Ací Gomes Campelo
As Crianças Contam Histórias- Literatura- Diógenes Buenos Aires de Carvalho
Um Volume Um- Literatura- João Pereira dos Santos Neto
Entre Dois Mundos- Literatura- Joaquim R. M. Sobrinho
Um Sotaque de Boi Piauiense- Literatura (Folclore)- Gilvan Sousa Santos
Balada Suburbana- Literatura- Eduardo Prazeres Fonseca
M3 Mulher, Mãe, Moderna - Literatura- Elizangela C. C. Noronha
Controle da Constitucionalidade - Literatura - Esdras Avelino Leitão Junior
Onde Humano- Literatura- Luis Francisco de Oliveira
Senhor rei, Senhora Rainha- Teatro- Grupo Raízes de Teatro
Deu a Louca na Doméstica- Teatro- Norma Sueli Guimarães Rocha
Estudo sobre o Corpo 0224- Dança- Valdemar dos Santos Carvalho
Por um Adeus- Dança- Kleommerny Santana de Carvalho
Gravuras Piauienses- Artes Plásticas- Gabriel Archanjo do E. Santo Neto
Negros trabalhadores- Artes Plásticas - Francisco Ferreira dos Santos Filho
Depois de Nós- Cinema- Dalson Carvalho
Urubu Malandro- Música- Pedro Bem Santos Bezerra
Pérolas- Música- Rosangela de Fátima Amorim
A Arte do Mestre Beija- Música- Benjamin Araújo Neto
Canto do Gueto- Música- George Salazar
Som D’Arquitetura- Música- Júlio Cesar Medeiros Costa
Uma Canção de Rima Faz Vibrar o Coração- Música- José de Moura e Silva
Cantador de Feira- Música- Luis de Sousa Santos
A Marcha do Camelo- Música- Antônio Galvão
O Piauí Cantando História- Música- Antônio Vagner R. Lima
Um Toque de Nobreza- Música- Anderson Vasconcelos da Nóbrega
CD Virna Lisi Canta Todos Os Santos- Música- Virna Lisi da Cruz Santos

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*Notícia copiada no sítio da FUNDAÇÃO CULTURAL MONSENHOR CHAVES, Teresina, Piauí: http://www.fcmc.pi.gov.br/

quinta-feira, 23 de abril de 2009

SUPLEMENTO LITERÁRIO - HOMENAGEM



06/10/2008
Terças Poéticas recebe a mineira France Gripp

A poeta irá homenagear Paschoal Motta, no dia 7 de outubro

A poeta France Gripp será a atração do Terças Poéticas, do dia 7 de outubro, que acontece nos Jardins Internos do Palácio das Artes, às 18h30. Na ocasião, France Gripp irá homenagear o poeta Paschoal Motta e apresentar ao púbico algumas de suas parcerias com o compositor, violonista e cantor Basti de Matos. Como letrista, a poeta atuou em conjunto com o músico no CD "Luanaluz" (2002).

O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da parceria entre a Fundação Clóvis Salgado e o Suplemento Literário.

France Gripp

Francirene Gripp nasceu em de Governador Valadares, onde formou-se em Letras. Colaborou com crônicas para os jornais locais e participou da edição do periódico cultural "Poet'Arte". Professora de Letras, Mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), leciona Língua Portuguesa e Produção de Textos na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). France Gripp publicou "Eu que me destilo" (1994) e "Vinte Lições" (Dimensão, 1998). Tem poemas, contos e crônicas publicados nas coletâneas "A arte do professor e Palavra de mestre", (Sindicato dos Professores de Minas Gerais, 1996/1997/1999), "Saboreando palavras" (Serviço Social do Comércio de Minas Gerais, 2006), "Terças Poéticas jardins Internos" (2006), "Antologia ME 18/Mulheres Emergentes" (2007) e "Antologia Poesia do Brasil" (2008). Recentemente realizou a exposição "Poesia e Forma", no Parque Municipal Renné Giannetti, pelo projeto Museu Nacional da Poesia (Munap).

Paschoal Motta

Paschoal Motta é jornalista e crítico literário. Seus poemas já foram traduzidos e publicados no exterior. Vive em Belo Horizonte, onde estudou Clássico e Letras Neolatinas. Leciona em universidades de Divinópolis, João Monlevade, Mariana, Sete Lagoas. Foi Editor Geral do Minas Gerais, Diário Oficial, Revista Minas Gerais e editor do Suplemento Literário. Também tradutor de francês, espanhol e latim, Paschoal Motta ganhou prêmios literários no exterior e em festivais de MPB. Prêmios Literários: Nacional de Poesia Alphonsus de Guimaraens, I Fespoema, Mariana, 1972, Internacional de Poesia Erótica Mulheres Emergentes, BH, 1994. Publicou "Ver de Boi", poemas, Prêmio Nacional de Literatura Cidade de Belo Horizonte, 1973.

Serviço
Evento: Terças Poéticas - France Gripp e o músico Basti Motta - Homenagem a Paschoal Motta - Data: 7 de outubro - Horário: 18h30 - Jardins Internos - Av. Afonso Pena, 1537, Centro

domingo, 12 de abril de 2009

NOTÍCIA: - LITERATURA

Agência Lusa


Corín Tellado



Morreu no dia 11 (sábado) do corrente mês de abril, 2009, a escritora espanhola Corín Tellado, a autora mais lida em espanhol depois de Miguel de Cervantes – segundo declarações da UNESCO. Conforme noticiado pela Agência Lusa, baseada em informações do hospital onde estava internada, em Gijón, a escritora sofrera, recentemente, um transtorno cardiovascular.
Maria del Socorro Tellado Lopez, que poucos conheciam, publicava toda sua obra com o pseudônimo de Corín Tellado, Foram mais de 4.000 novelas românticas, ao longo da carreira de quase 56 anos, Calcula se que vendeu cerca de 400 milhões de exemplares, durante seu trabalho como escritora, pelo foi inscrita no livro Guinesss, de recordes, desde 1994.

Popularíssima, a escritora nasceu na localidade de Viavélez, Astúrias, a 25-4-1926. Sua morte foi apressada, ou provocada, por esgotamento nervoso devido ao seu intenso trabalho, quando estava bem próxima de recuperar-se e transferir-separacasa.


Transcrevemos, a seguir, parte da notícia do EXPRESSO, jornal português online http://aeiou.expresso.pt Muitos dos seus títulos foram publicados em Portugal, pela Agência Portuguesa de Revistas, extinta em 1987, que os tornou conhecidos tanto em
pequeno formato como no de fotonovela. Os seus relatos, de forte carga sentimental com sugestões de erotismo, são considerados precursores das atuais telenovelas. Embora fosse muito popular entre as leitoras, a sua literatura cor de rosa era criticada como género literário menor. A essas críticas, respondia francamente que escrevia para entreter o leitor e que não tinha de se envergonhar por isso. Entre as suas novelas mais representativas figuram títulos como "O teu passado condena-me", "Consola-te comigo", "O Ídolo", "Não me culpes a mim", "Esqueceste-me no outro dia", "Bendito engano", "Não esquecerei a tua traição", "Confundi a tua cobardia", "Não te enganes a ti mesma" ou "Meu querido fanfarrão". “Apesar do seu delicado estado de saúde, que desde 1995 a obrigava a submeter-se a três sessões de diálise semanais, Corín Tellado continuou a publicar até ao final da vida, embora já não escrevesse e tivesse passado a ditar”. A prolífica autora terminou na quarta-feira passada o seu último título, por encomenda da revista "Variedades", com que colaborava há muitos anos.
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Trabalho reescrito por mim, francisco miguel de moura, com base em notícia do jornal online http://aeiou.expresso.pt - nome de fantasia EXPRESSO.



Miguel de Cervantes

domingo, 25 de janeiro de 2009

“LIVROS, LIVROS À MÃO CHEIA...”

O Autor Francisco Miguel doa livros ao jornal O DIA


O escritor Francisco Miguel de Moura presenteou leitores do jornal O DIA com vários exemplares de suas obras “Rebelião das Almas” e “Os Estigmas”, que estão sendo oferecidos aos assinantes ou àqueles que renovam a assinatura d
o jornal.

“É importante que o maior número de pessoas tenham acesso aos meus livros. Acredito que todos que normalmente poderiam adquiri-los já o fizeram, então pensei: por que não oferecê-los a um público maior?” – questionou Francisco Miguel.

Colaborando constantemente com o jornal O DIA, ele revela que encontrar temas para seus textos nunca foi problema. “Sou meio avesso à inspiração. Acredito que ela existe, mas, como dizem os poetas, é só l% ; os outros 99% são esforço e pesquisa, é muito trabalho mesmo, disse Francisco Miguel, completando que para ele tudo é lit
eratura. “Ela está presente sempre em minha vida: quando escrevo, falo, penso, sonho”, completou.

Atualmente, Francisco Miguel de Moura aguarda o resultado das Leis de Incentivo Fiscais do Estado e do município para publicar seus dois últimos livros: “O Menino quase Perdido”, voltado para o público escolar, e “A Graça de Cada Dia”, crônicas assinadas por ele.

Para o Gerente de Circulação do jornal O DIA, Valmir Filho, é importante oferecer ao leitor que pensa em tornar-se assinante algo de qualidad
e e que siga com os princípios da empresa. “Sempre procuramos aumentar o número de leitores em nosso Estado, e os livros de Francisco Miguel de Moura estão fazendo exatamente isso. Foi um belo presente que ele nos deu e que nós estamos repassando para nossos leitores”, completou. (BB)

_________________
(Matéria extraída do Caderno Cultural “Torquato”, pg. 3, do jornal O DIA, Teresina - PI, Quarta-Feira, 21 de Janeiro de 2009)

sábado, 27 de setembro de 2008

ALPHONSUS DE GUIMARAES FILHO(1918-2008)


Rogel Samuel*

Os grandes poetas morrem e ninguém sabe. Porque não morrem. Não morrem nunca. Eu não sabia até hoje, quando lí em Blocos, dito por Glauco Mattoso. Morreu o poeta e partiu, para a rota do desconhecido, como ele escreveu:


ROTA DO DESCONHECIDO

“Quando eu seguir na rota do desconhecido
a minha voz ficará cantando na tua memória
e tua alma sentirá a presença
do meu sonho em teu sonho,
do meu riso de perdão à miséria do mundo.
Então, Amada, canta!
A noite se embalará com as canções marinhas
subindo, diretas, do teu coração.
Tua alma será, então uma praia branca,
onde cantarão os pescadores tristes:
os teus sonhos de amor abraçados ao desânimo...
Eu irei longe... Minha memória errará nas estrelas
e minha alma será o vento que acarinha plantas,
que acarinha flores sonolentas.
Eu irei longe, eu irei tão longe,
que meu coração vencerá distâncias
para ouvir tuas canções praieiras,
amada, grande Amada,
e minha alma será o céu pontilhado de estrelas
que há de fazer adormecer tua saudade!”

(“Lume de estrelas”: poemas (1940).
In:” Poemas reunidos”, 1935/1960. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1960).



GLAUCO MATTOSO ESCREVEU:

"A medíocre mídia nem se tocou, mas Alexei Bueno me deu o toque: faleceu na quinta, 28 de agosto, aos noventa anos, o poeta mineiro Alphonsus de Guimaraens Filho, herdeiro, em todos os sentidos, da simbologia paterna. Também exímio sonetista, AG Filho mereceu de Bandeira o soneto abaixo, e deixou preciosidades como o que se segue" (Blocos online)




A ALPHONSUS DE GUIMARAENS FILHO

Manuel Bandeira

“Scorn not the sonnet, disse o inglês. Ouviste
O conselho do poeta e um dia, quando
Mais o espinho pungiu da ausência triste,
O primeiro soneto abriu cantando.
Musa do verso livre, hoje ela insiste
Na imortal forma, da paterna herdando.
Todos em louvor dessa que ora assiste
Em teu lar, dois destinos misturando.
No molde exíguo, onde infinita a mágoa
Humana vem caber, como o universo
A refletir-se numa gota d'água,
Disseste o mal da ausência. E ais e saudades
E vigílias e castas soledades
Choram lágrimas novas no teu verso.”



SONETO DA MORTE

Alphonsus de Guimaraens Filho


“Entre pilares podres e pilastras
fendidas, te revi subitamente;
eras a mesma sombra em que te alastras,
feita carícias de uma face ausente.
Eras, e me afligias. Tormentosa,
vi-te crescer nos muros desabados.
Cruel, cruel; contudo, mais saudosa,
mais sensível que os céus e os descampados.
Bolor, pátina espessa, calmaria,
vi-te a sofrer no fundo da cidade
como um grande soluço percutindo
sobre os olhos, as mãos e a boca fria.
E de repente um grito de saudade.
Depois a chuva, sem cessar, caindo.”

_________________
*Notícia e poemas copiados de http://www.portal 45 graus.com/), matéria assinada por Rogel Samuel.

terça-feira, 18 de março de 2008

NOTÍCIA: ANTOLOGIA NORDESTINA

FUNDAÇÃO ÒMNIRA - Cultural & Comunitária*


A Fundação ÒMNIRA convida poetas nordestinos para participarem da ANTOLOGIA POÉTICA NORDESTINA. A publicação vai homenagear um poeta/poetisa consagrado de cada Estado da Região Nordeste do Brasil.

Para participar, cada autor dos Estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão deve enviar 12 (doze) poesias/poemas/cordéis (impressos e em CD) e um exemplar de livro solo de autoria de escritor do seu Estado que o inscrito queira indicar para ser homenageado, e este pode ser um escritor vivo ou falecido, desde que seja reconhecido como da maior expressão artística e intelectual.

Inscrições abertas até 25 de abril de 2008 (vale a data de postagem na EBCT.

O projeto tem a coordenação do escritor Roberto Leal, o material deve ser enviado para a FUNDAÇÃO ÒMNIRA – Cultural e Comunitária – a/cuidados da Secretaria de Projetos com endereço à Rua Leste 2, Quadra 37.2, lote 01 – Parque São Cristóvão – CEP: 41.500-610 - SALVADOR – BA.

Mais informações, com o escritor Roberto Leal, Presidente da entidade promotora e editor da ANTOLOGIA NORDESTINA: - Fones (71) 3252-1693 / 8146-0940, das 8 às 18 h.

QUEM NÃO LÊ, POUCO SABE, EM NADA OPINA, SÓ OUVIU DIZER

___________________
as) Roberto Leal - Presidente/Editor


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