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sábado, 13 de setembro de 2008

LUIZ FERNANDES DA SILVA a F. MIGUEL

Carta
João Pessoa, 8 de setembro de 2008
Iluminado Poeta/Escritor
Francisco Miguel de Moura

Acuso o recebimento da extraordinária FORTUNA CRÍTICA, a qual lhe agradeço de coração - essa maravilhosa obra.
Por outro lado, quero agradecer também por ter inserido o meu trabalho ao lado dos grandes. Esse volumoso livro só veio enriquecer a nossa Cultura Brasileira e reverenciar os seus méritos, porque você é o maior e melhor escritor do seu Estado. Uma prova está nos seus livros, que encantaram as centenas de leitores pela sua brilhante atuação no mundo das letras. Eu acompanho a sua carreira há muitos anos e sou sabedor que você é um grande gênio da palavra.
Aproveito para sugerir que você deveria ser homenageado pelo Governo do seu Estado, porque você é uma grande cultura e um grande orgulho em sua luta pela terra.
Parabéns pelo seu talento. Amo seus textos e todos os seus escritos.
Receba os meus aplausos e a certeza de vê-lo brilhar cada vez mais.
Cordialmente
Luiz Fernandes da Siva
Poeta e editor do "Correio de Poesia"

sexta-feira, 7 de março de 2008

DOIS POEMAS

Luiz Fernandes da Silva

1

O canto da gaivota
Rasgou a paisagem

Abriu o caminho
Com seu vôo,
Elevou sua sonata

Num gesto estilístico
E sumiu.......

2

Guardo na memória
O lixo se movendo nas latas,
O som frouxo, os pesadelos,

Sonhos confusos, a
Penumbra das horas entrando
No seu corpo, o rosto pesado,
A cor triste, um mundo
Se misturando, e as sombras

Crescendo.
Guardo na memória
O roteiro das surpresas,
Lembranças do mofo dos lençóis,
O eco da voz, uma manhã
Surgindo tranqüila,
E minha imagem parada.

___________________

*Luiz Fernandes da Silva, poeta paraibano, é editor do “Correio de Poesia” – jornal alternativo, ainda a mimeógrafo, de João Pessoa-PB. Os poemas acima são de “COSMOAGONIA”, seu primeiro livro, editado em 1985.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

VOLTANDO A CONCEIÇÃO

Ascendino Leite*


Atributo divino, criativo,
cai do alto, com brandura,
sobre a terra
e até com o eterno
se confunde.

A tudo ampara, torna leve,
e a ninguém diz não,
ainda que haja descrença
e a dor se antecipe
à doce esperança acalentada.

Foi assim comigo. Perdido
estava
sob um signo malsão
à volta do passado, da penúria
e da velhice.

Oh, Senhora, ouvi-me. Abri-me
o pálio
da vossa meiga compunção,
me colha, me recolha,
antes que eu me perca
no azul.

De repente, trazido pelo vento,
fez-se eco meu destino em Conceição,
fundamentalmente como a luz
do Vale,
esquecidas as tolas abluções do rio.

Pio, uno e casto, conquanto púbere,
a gente vive, se diverte e morre,
o corpo enredado em parabólicas.
____________
*Ascendino Leite nasceu a 21.6.1915, em Conceição-PB, mas viveu a maior parte de sua vida no Rio de Janeiro, onde exercia a profissão de jornalista. Poeta, romancista e memorialista, atualmente mora em João Pessoa-PB.

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