Francisco
Miguel de Moura*
Cada vez mais me encanto no passado,
Se o presente pra mim é tão mesquinho,
Não falo mais sequer com meu vizinho,
Pois meu vizinho é morto e sepultado.
Como é que vou viver sem ser menino?
Como é que me sustento em tanto tempo?
Pensando... E não arranjo um passatempo.
Meu caminho está curto. É o meu destino...
Minha vida é um passado sem pressente,
E é só tristeza, sem abrir caminhos
Novos de luz, verdade e sentimentos.
Tomei outras estradas... Descaminhos...
Cada vez mais me volto ao meu passado,
Para livrar-me, enfim, dos meus tormentos.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta,
sonetista sim senhor, indo e voltando, com rima ou sem rima. Não duvidem de
mim...
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