João Pinto*
“Valeu, Francisco Miguel de Moura, pelo presente do livro, ou melhor, de toda sua obra poética reunida. O amigo é uma das coisas boas do Piauí. Desde a “Revista Cirandinha”, lembro daquela casa no entorno do Liceu Piauiense. Quantas vezes não tomei seu café ao lado de Dona Mécia!
“Valeu, Francisco Miguel de Moura, pelo presente do livro, ou melhor, de toda sua obra poética reunida. O amigo é uma das coisas boas do Piauí. Desde a “Revista Cirandinha”, lembro daquela casa no entorno do Liceu Piauiense. Quantas vezes não tomei seu café ao lado de Dona Mécia!
Você é um dos melhores poetas da terra, e foi através do
amigo que fui lançado, como contista, na revista FICÇÃO, Rio de Janeiro, de
âmbito nacional, e também foi o primeiro da terra a fazer um juízo dos meus
contos, como o trecho abaixo:
“O primeiro conto de João Pinto que li foi um tapa na cara
deste poeta de pé no chão (...) Nunca pensei que no Piauí, o conto viesse a ter
continuidade como qualidade. E teve. Fontes Ibiapina, um primitivo no bom sentido,
é o criador do gênero; Magalhães da Costa, a princípio imitando-o no ser
telúrico e no material empenhado, que depois se firma um realista digno como
Moreira Campos e outros grandes escritores do Ceará; e finalmente vem João Pinto,
sucessão de qualidade e criação, com o seu barroco intransigente, vivo, colorido
no coloquial e nas imagens surpreendentes de riqueza (...) As metáforas escorrem de seu leito como um
rio sem trégua. Incorpora técnicas modernas como intertextos, diálogo indireto
e direto interno” (...)
Obrigado, amigo, sei que você, além de um poeta completo,
também é um crítico literário de respeito, e no curto tempo em que estive no
Piauí, você sempre me estimulou a escrever e afirmar que eu tinha vocação para
o conto. Sei que como irmão espiritual, meu respeito por você é imenso”.
Ele, na sua mensagem que me foi enviada pelo Facebook, cita
meu poema sem título, que agora o titulo de
ALÉM
DOS POEMAS COMPLETOS:
além
dos poemas
completos
resta
a fumaça do céu
e
os odores da terra
e
a esperança de vozes
que
não se perdem
na
energia volante uni-verso
e
os que não me atestam
nem
me declamam
nem
sentem meus éditos
serão
apunhalados
por
um frio sorriso competente
de
morto
incompleto
_____________
*João Pinto é um dos
maiores contistas da atualidade,. Piauiense de Luzilândia, onde morou muito tempo, depois foi
morar e estudar em João Pessoa (PB) e em seguida, parou em Teresina, PI, numa
época muito fértil de poetas e de alguns contistas: o maior sendo ele, que,
inclusive como diz, saiu na Revista FICÇÃO, do Rio de Janeiro, de cujo órgão eu era o representante no Piauí, onde também fui qualificado de contista, pois, dita revista publicou um conto meu, além de muitas referências sobre autores piauienses.
Foi o tempo da Revista CIRANDINHA, da qual eu, Francisco Miguel de Moura, editei 10 (dez) números. João Pinto, atualmente e professor e mora em Manaus (AM)
Foi o tempo da Revista CIRANDINHA, da qual eu, Francisco Miguel de Moura, editei 10 (dez) números. João Pinto, atualmente e professor e mora em Manaus (AM)
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