segunda-feira, 31 de outubro de 2016

QUE É REPUBLICANISMO?




Ultimamente se tem falado sobre o republicanismo, sobre ser republicano em vários atos políticos e textos políticos. Curioso que sou, fui ao dicionário e encontrei a seguinte definição: “Republicano, ad. Referente à república; s. m. partidário do governo republicano”. O dicionário é o nosso conceituadíssimo Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 11a. Edição, Rio de Janeiro, 1968. Gosto dos livros velhos, como estimo esta edição velhinha do Aurélio, que morreu logo depois.
Voltanto ao assunto, antes mesmo de explicar o que é “República”, com R maiúsculo, pois que na definição ele escreveu claramente “do governo republicano”, curioso e triste pelo que acontece no nosso Piauí, principalmente depois que li na imprensa o que disse o Sr. João Henrique Sousa, que hoje preside o Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI) e é o Vice-Presidente do PMDB. Ele demonstrou incompreensão, insatisfação à aliança entre seu partido e o PT, no Estado do Piauí. Lembra ele que, em nenhum dos outros estados brasileiros – e nós somos a República – há registros de tal aproximação.
João Henrique Sousa declara-se amigo íntimo do presidente Michel Temer, vice que se tornou Presidente pela vacância da Presidência, com o “impichamento” da Dilma. Tudo foi de acordo com os poderes legislativo e judiciário, dentro dos parâmetros constitucionais republicanos. Não há dúvida de que o Dr. Michel Temer é o Presidente da República. Ora, essa! E por quê, no Palácio de Karnak, por ordem do atual governador WD, permanece na parede, em lugar de honra, ao invés da foto da foto do Presidente Michel Temer, a da Dilma Roussef, distituída de suas funções, republicanamente? Não somos ditatura de nemhum partido, muito menos do PT, que está de cama, curtindo uma das suas maiores derrotas de todos os tempos. Não acredito que esse doente, o PT, se levante do leito da UTI, onde permance. Quem fez o que ele fez no Brasil não merece mais do que isto: esquecimento. A história futura mostrará que a criação do líder Lula, com a ajuda do Geisel, não vingou porque ele, nem o partido, não tinha nenhum programa de governo. O que eles tinham, seus líderes e administradores, era um projeto criminoso de poder: ditatorial, não republicano, mentindo e atacando o povo através de greves pagas e de motins e insegurança nas ruas, na maior parte apoiados pela gangue dos grandes barões da droga. Também tinham o intuito de financiar instituições como MST (por aí começando a negar o direito de proprieade) e alimentar uma corja de comunistas e arruaceiros. Tudo isto foi pensado, sem falar nos rombos da PETROBRÁS, nos do sistema financeiro, através dos bancos (BNDS, principalmente, e nos da previdência privada, prejudicando milhões de trabalhadores. E para onde foi esse dinheiro todo, além de financiar o partido e partidotes que os apoiavam? Certamente, os brasileiros pouco informados ainda não sabem que a PEC vem é para fechar esses rombos, e para colocar o trem nos trilhos.
Ser republicano é adotar a república como inabalável, trabalhar por ela e não por paisinhos socialistas e comunistas, que ainda, infelizmente, existem pelo mundo. E se existem é porque não acordaram do sonho que foi “o comunismo russo”. A República Brasileira tem uma Constituição a ser obedecida fielmente – ele, Lula, na época da Assembléia Constituiente, deputado federal, não a assinou. Se assinasse seria matar seu projeto maligno de poder a excutar no futuro. Não assinou, ela foi aprovada, graças aos esforço grandioso de Ulisses Guimarães e os deputados e senadores constituintes da época. E Lula e seu PT ficaram chupando o dedo. A Constituição de 1989 está aí, de pé; ela é a República. Ser republicano é defender a Constituição, os poderes que a guardam: o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e a Presidência da República – quando não a traírem, não a toperdearem, quando estiverem firmes na sua guarda e cumprimento. Quem a fez foi o povo. E a voz do povo foi quem tirou Fernando Color da Presidencia, na sua vez, e agora, a Dilma Roussef – que pode “tirar o cabelinho da venta” (ou de outro lugar) – que não voltará jamais.
Enquanto podem, eles, os petistas vão mostrando o rabo diante das autoridades policiais e judiciais… Não têm vergonha, não pedem perdão. Deveriam ajoelhar-se diante da Nação e confessar tudo logo. Da história, eles não escapam. Ninguém escapará. Vivemos num mundo a descoberto. Para que negar?
Republicano é aquele que reconhece o Brasil por inteiro, sem preconceito de raça, religão, riqueza, pobreza ou ignorância. Para as duas últimas há um remédio, que é a escola, desde criancinha. O nosso Prefeito, Firmino Filho, vai caminhando na direção correta. Quer aumentar o número de creches. As escolas mantidas pela Prefeitura de Teresina são as melhores. Enquanto as de responsabilidade do Estado, andam de mal a pior: tudo que o leitor possa imaginar acontece nessas escolas. Visite o Liceu Piauiense, antigo padrão no passado. Hoje é nada: uma reunião de alunos e professores (estes, como sabemos ganham muito pouco, deviam ganhar mais – assunto de que o PT nunca cuidou), sem material de estudo, sem biblioteca que se preze, sem limpeza por fora e muito menos por dentro, sem laboratórios dignos, praticamente sem nada e à mercê dos pichadores, dos que fazem bullings, tudo isto - e é muito mais – para se ter uma ideia das demais escolas na Capital e especialmente no interior, como vimos o caso de Miguel Alves – PI, onde montanhas de livros permanecem expostas à poeira, ao sol e à chuva, sendo destruídas, justamente por não terem sido distribuídos e/ou redistribuídos a tempo de servirem à educação dos estudantes piauienses. A imprensa, na semana passada mostrou o que repetimos. É capaz de estar acontecendo coisas piores, inclusive desvios disto e daquilo, em troco de propinas, como era até a pouco comum, esse pessoal fazer – desmandados das próprias autoridades. Da insegurança, nem se fala, da qualidade do ensino, idem.
Mais: os governos do PT inventaram um tal de ENEM e outras entidades congêneres para obrigarem os alunos que terminam o curso secundário submeterem-se à tal engenhoca. No final, os primeiros aprovados são os que, mesmo sem alcançarem as melhores notas - em virtude da Lei de Quotas – são sempre os negros, índios, mulatos, pobres... E por tais escolhas, já foram dectetadas tantas mistificações, distorções por proprinas ou mesmo sem elas, em todo o Brasil! No meu curto entendimento, depois de um curso superior bem feito, todo aluno entratria para a Universidade. Seriam escolhidos, em primeiro lugar, aqueles que tiraram melhores notas, até preencherem as vagas oferecidas pelo Curso Superior. Um país com boas características educacionais não cai nunca nas garras do despotismo. A República dos Estados Unidos do Brasil, republicano desde 1989, felizmente, está conseguindo vencer essa crise plantada por Lula e seus cupinchas.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor, membro da Academia Piauiense de Letras

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