sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

NINGUÉM SABE NADA

Francisco Miguel de Moura*


Ninguém no sonho do outro,
Ninguém nas dobras do outro,
Ninguém no nada do outro.

Ninguém por si leva os passos
Que vão dar n’asas de voo
Para o amor... Muito menos!
Todos se livram de todos.

Quando seremos nós outros?
Quando os outros nus serão?

Nunca somos o que nada...
Somos maus entes dementes
Que nascem para morrer:
        Desconectada(s) mentes?

O mais são mistérios... Céus!
Entre estrelas, ilhas, mares.

Então, viver...  Reviver?
Depois, ir-nos como um raio
Gelado, seco, nos ares,
Sem rota, pista nem pouso...

Triste! Somos só marmotas
Das ilusões mais/turbadas.


_______________
*Francisco Miguel de Moura, escritor e poeta brasileiro, com de cerda de 35  livros publicados, principalmente em poesia, quatro romances, três de contos e crônicas que não acabam mais. Publica atualmente artigos, crônicas e críticas no jornal “O DIA”,Teresina, PI. E-mail: franciscomigueldemoura@gmail.com

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