“E como ficou chato ser moderno
Agora serei eterno”
CDA
A geléia geral gelou,
Congestinada de imagens tevesivas,
Surda, fechou os olhos
À luminosidade e ao perigo.
O tempo está frio, amor!...
Oh! Não ouço o que dizes!
Só os poetas do fogo celeste
De letras e sons invisíveis
Ainda se entendem em seus fusíveis.
A música sumiu em ruídos
Mas a letra e o som do poeta
Ainda vivem
Doloridos.
E rolarão por muitos séculos.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, elogiado por Carlos Drummond de Andrade, quando aquele publicou "Universo das Águas", 1979. Mas o poema acima, de Chico Miguel, é dos novíssimos.
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