Eras tão sábio quanto não sabias,
e alegre, antigamente.
Como é que hoje tu choras
e pedes?
E qual uma sombra, espias?
Olhos vidrados no limite
da carne, da fé,
do juízo (que já foi arguto)
enxuto:
- Único que resiste.
Sitiado em maus pensares,
tu te feres à força, sem calor.
Perdeste os movimentos?
És tudo, tudo, menos
o sábio do momento.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor, com 34 livros publicados, alguns já reeditados. Retirado
do livro "O Coração do Instante", inédito.
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