sexta-feira, 1 de maio de 2009
DUAS ESPINELAS
BAILARINA
Carlos Chacón Zaldívar*
Que tíbio vendaval mueve
su figura en la penumbra
ya gira, todo se alumbra
como sueño en cristal leve.
Torna el paso brusco y mueve
la cintura de amapola.
Tras el espejo se inmola
sobre el azul que la cubre
si el dibujo la descubre
pálida, frente al mar, sola.
BAILARINA
Tradução de Francisco Miguel de Moura*
Que tíbio vendaval move
seu espectro na penumbra
já gira, tudo se alumbra
como sonho em cristal jove.
Torna o passo brusco e move,
nobre, a cintura de planta.
Atrás do espelho se encanta
sobre o azul que bem a cobre
se a imagem sua a descobre
frente ao mar, pálida, canta.
CLARA VOZ DE MISIONERO
Carlos Chacón Zaldívar*
Sé que brotas de la arena
guadaña que entras al día
para borrar la poesìa
del amigo cuya pena
naufragó en la mar serena
clara voz de misionero.
Sombra, ya le cubres, pero
su retablo de palabras
será la página que abras
cada vez que nazca enero.
CLARA VOZ DE MISSIONÁRIO
Tradução de Francisco Miguel de Moura*
Sei que brotas dessa arena
foice que entras pelo dia
para apagar a poesia
deste amigo cuja pena
naufragou na onda serena
clara voz de missioneiro.
Sombra, tu já o cobres, pero
seu retábulo em palavras
será a página que abras
cada vez que vem janeiro.
_________________
*Poeta e contista cubano, autor de vários livros, tem produção publicada no Brasil, especialmente na revista “LITERATURA”, de Fortaleza e em sites da internete.
O tradutor Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário