quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A JÓIA RARA

Francisco Miguel de Moura*



Luz e sombra dão na mesma cor

dos olhos e do carinho.

Dizem que amor não some,

renasce do lodo, mansinho.


Mas preciso agora escutá-lo,

não abandono o que ganhei,

neste momento, sobretudo,

quando tentam riscar o passado.


Lábios e corações, ó, não se fechem,

os olhos têm a última esperança.

Que reste sempre um fio de cabelo

no tempo de cada um, nas entranhas.


Um vintém de qualquer aventura

para os que não conseguem

nessa margem se perder.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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