EXERCÍCIO ESPIRITUAL
Francisco
Miguel de Moura*
Por que não uma horinha só
comigo,
Para as contas fazer às
minhas cotas?
Tenho medo de mim... É sim ou
não?
Tenho medo do mundo em que descanto.
Completo não és, contenta-te o’
meu Chico,
Chico humano, saco humano? Chico ou risco!
Basta um ponto divino, pelo
menos,
A quem devo dar graças por que
sou.
Devo pensar um (a) migo tão
sozinho,
Pular, dançar, gritar, falar
e... O quê?
Falhar no turvo ou cinza de
que mundo?
E se as forças de uma alma
descontínua
Barulham meu terreiro escuro, em busca
De quanto a minha parte está em Deus?
Mesmo assim, ainda sinto um leve pisca
distante, me alivia, pendendo de
uma linha...
Pisca, pisca, apagar este meu sono
No vesgo das viagens do meu (verso).
Com indecisão, uma estrela me aparece,
lá bem distante e pede de uma linha...
Pisca, me pisca, o' grande maravilha!
É Deus nestas viagens do meu (verso).
Teresina, 06 de abril de 2016-04.
Francisco Miguel de Moura, un poeta em transe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário