sábado, 8 de maio de 2021

 


                                EXERCÍCIO ESPIRITUAL


                                                     Francisco Miguel de Moura*

 

Por que não uma horinha só comigo,

Para as contas fazer às minhas cotas?

 

Tenho medo de mim... É sim ou não?

Tenho medo do mundo em que descanto.

 

Completo não és, contenta-te o’ meu Chico,

Chico humano, saco humano? Chico ou risco!

 

Basta  um ponto divino, pelo menos,

A quem devo dar graças por que sou.


Devo pensar um (a) migo tão sozinho,

Pular, dançar, gritar, falar e... O quê?

Falhar no turvo ou cinza de que mundo?

 

E se as forças de uma alma descontínua

Barulham meu terreiro escuro, em busca

De  quanto a minha parte está em Deus?

 

Mesmo assim, ainda sinto um leve pisca

distante, me alivia, pendendo de uma linha...

Pisca,  pisca, apagar este meu sono

No vesgo das  viagens do meu (verso).

 

Com indecisão, uma estrela me aparece,

lá bem distante e pede de uma linha...

Pisca, me pisca, o' grande maravilha!

É Deus nestas viagens do meu (verso).

 

                          Teresina, 06 de abril de 2016-04.

                            Francisco Miguel de Moura, un poeta em transe.

 

 

 

 

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