Meu teclado, entre sombras,
acostumado que está à amargura,
tem soberbas cicatrizes.
Entretanto vou pensando sempre
nas profundas paixões
que produzem a morte ébria,
calada e desnuda, quando ataca
a um anjo na solidão.
Tenho meu peito ferido a destempo
com sangrante violência:
arpas clandestinas me roubaram
além das alegrias e tristezas,
meu hábito de perpétuo espanto.
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*Teresinka Pereira, poeta e prosadora brasileira, mora nos Estados Unidos, desde a Revolução dos Militares, em 1964, com sua autorização de publicar neste blog
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