Francisco
Miguel de Moura, escritor
Membro da Academia Piauiense de Letras
Membro da Academia Piauiense de Letras
Passou
o Dia do Professor e eu não fiz nenhuma homenagem a esta classe tão
valiosa quanto necessária ao país para progredir com a aprendizagem
e a educação dos seus habitantes e no futuro possua cidadãos de
bem. É preciso começar o aprendizado desde criança, em casa,
depois na escola. Tenho dois filhos, os já ilustres professores
Franklin Morais Moura e Fritz Morais Moura. Além disto, três irmãs
professoras (Teresinha de Jesus Moura, Mariinha Josefa de Sousa e
Helena Josefa de Sousa, a primeira já falecida). E como não lembrar
meu pai - professor a vida inteira, Miguel Borges de Moura,
conhecido por Prof. Miguel Guarani, e sobre quem escrevi o livro
“Miguel
Guarani – Mestre e o Violeiro”,
que valeu uma grande e valiosa tese da Professora Cristiane Feitosa
Pinheiro, da Universidade Federal do Piauí? Não esqueço também
sobre mais dois filhos Laudemiro Miguel Morais Moura e Francisco
Miguel de Moura Jr. Eles exercem outras profissões tão honrosas
quanto a de professor: - O primeiro, formado em administração, é
empresário na em Salvador-BA; o segundo é bancário, advogado e
escritor (que, por modéstia, ainda não publicou livro).
Demorei
a entrar no assunto do título, mas a partir de agora, a Professora
Marinalva Freire da Silva, e o livro que foi editado em sua
homenagem estão no palco. O livro é um “Perfil
Biobibliográfico”(Ed.
Ideia, João Pessoa, 2016)
escrito
por meu amigo e grande poeta de João Pessoa - PB, Luiz Fernandes da
Silva, de parceria com seu colega Rafael Francisco Braz. Os dois
autores conseguiram o propósito: um livro espetacular, que narra a
trajetória dessa professora que fez uma importante obra e grande
nome na Paraíba, em João Pessoa e em todo o Estado. Um resumo da
luta da Professora Marinalva Freire da Silva pode ser sentido no
pequeno trecho que, logo mais, vamos transcrever. O poeta Luiz
Fernandes da Silva retrata-a: Uma pessoa que tomava decisões
drásticas, quando perseguida, humilhada, porém com muito acerto.
“Quando
já professora da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa
(…) aconteceu que, para surpresa dos alunos e do Departamento de
Letras (pela falta de compreensão e apoio do chefe do departamento,
tendo chegado à função com o apoio dos alunos, foi humilhada e
perseguida. Ela tinha excelentes projetos sobre o ensino de Espanhol,
e um deles era implantar o mestrado com o apoio da Assessoria de
Linguística da Embaixada da Espanha no Brasil. Depois disto, saiu
tentou respirar noutro ar, sendo liberada para realizar seu
pós-doutorado na USP onde até começou, mas o perseguidor
atrapalhou seus planos, pois não liberou o documento que exigiu a
USP.
Com
lágrimas, ela se desligou do pós-doutorado, pois só podia viajar
nos finais de semana devendo estar na Universidade da Paraíba na
segunda-feira, pela manhã, onde ministrava aulas de segunda a sexta
feia” (…)
Mas, sempre ao final de um pleito não alcançado, por causa de
inveja ou outro sentimento egoísta, ela sempre repetia o ditado:
“Perdi
a batalha, mas não perdi a guerra”.
Uma batalhadora, como a maioria dos professores. Nascida em 1948, em
2011 resolveu aposentar-se. Eis um trecho do depoimento do Prof.
Rafael Francisco Braz, no livro “Perfil
Biobibliográfico de Marinalva – Uma trajetória admirável”:
“Sendo
uma criança muito pobre, cresceu, aprendeu e usando toda sua boa
vontade e inteligência, posso dizer que eram sempre interessantes,
estimulantes e nos levavam a uma viagem por lugares que havia
visitado ou onde residira na Espanha. Mulher admirável, pelo seu
caráter humanitário, por sua personalidade.”
Nesta
oportunidade, em sendo um artigo de homenagem aos professores, me
permito citar aqui grandes professores do Piauí, alguns que eu
conheci e outros que os cito pela tradição: A. Tito Filho, Pe.
Florêncio, Pe. Raimundo José Airemorais Soares, Prof. Francisco
Cunha e Silva, Prof. Raimundo Nonato Monteiro de Santana, Prof.
Benjamin do Rego Monteiro Neto, Prof. Moacir Madeira Campos, Prof.
Manoel Paulo Nunes, Profa. Cecília Mendes, Professores Camilo da
Silveira, Celso Barros Coelho, Júlio Martins Vieira, Clemente
Fortes, Lima Rebelo e Antônio Veríssimo de Castro (Tonhá). Preciso
lembrar também o Prof. José dos Santos Fonseca (este de Picos).
Atualmente, destaca-se em Teresina, o Prof. José Maria Vasconcelos,
escritor de belos artigos, muitas crônicas e um livro de crítica
sobre Assis Brasil.
Na
Paraíba, também, há e houve muitos professores notáveis, mas com
estamos tratando do “Perfil
Biobibliografico da Profa. Marinalva...”,
passamos refletir sobre a exuberância de conhecimentos e a
inteligência dessa mulher que, vencendo todos os obstáculo
conseguiu produzir, escrever e publicar a tese “Edição
Crítica do Regimento Proueytoso contra a Pestenesça” (CD,
1991, espanhol, impresso em português, 2008). Diz Luiz Fernandes da
Silva que o prefácio da obra coube à Profa. Dra. CRISTINA DE
ASSIS, da UFPB, e acrescenta que a publicação da tese oferece uma
excelente oportunidade para os alunos do Curso de Letras conhecerem
de perto a forma quase sempre considerada mais nobre e mais autêntica
de trabalhar com a Filologia: edição de textos. Que posso dizer
mais? Que é uma bela edição, bonita capa mostrando apenas metade
do rosto da Profa. Marinalva, com 166 págs. prefácio, posfácio e
orelhas – estas do poeta Luiz Fernandes da Silva. Publicação
impecável, vindo para enriquecer qualquer biblioteca onde consiga
chegar.
Para
terminar quero falar um pouquinho mais sobre a profissão de
professor: - Essa profissão não é apenas profissão, é um
sacerdócio. Meu filho, Prof. Fritz, me diz:
“Professor não é uma profissão qualquer, ele faz todas as demais
profissões.
Com minha definição recente, encerro: O Professor é mais do que um
transmissor de conhecimentos, ele é um profeta da sociedade, um
transformador do Mal em Amor e Paz.
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