Por que não fico uma horinha comigo
Para fazer contas das minhas cotas?
Tenho medo de mim, sim? Não?
Tenho medo do mundo que eu cerco.
Que fraqueza! Ou será isto? Ou será mais
Desconhecer Deus em mim palpitante?
Completo não és, contenta-te velho Chico,
Chico humano, saco humano, cisco humano!
- Mas sou um ponto divino? pergunto
A quem devo dar graças por que sou,
Devo alegrar-me comigo, mesmo!
Pular, dançar, gritar, falar e...
Falhar no turvo cinza meu mundo.
E se as forças do corpo de alma descontínuas
Barulham no terreiro em busca de uma estrela,
Eis quanto a minha parte em Deus diminuiu.
Mesmo assim uma estrela ainda pisca
distante e me alivia, e me alumia.
Pisca, pisca, o’ grande maravilha!
É Deus nas viagens do meu (verso).
Vem a minha alma, ao meu corpo,
vem-me, o’ espírito iluminista do que existe,
e do quanto se for pelo espaço eternamente.
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Teresina, 03 de setembro de 2016
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