Conhecido, estudado e discutido nos centros de cultura, dentro e fora do
Brasil, o ex-frade franciscano, Leonardo Boff, brilhante professor
universitário, escritor, expoente da Teologia da Libertação, célebre pelos
temas polêmicos da missão humana na Terra.
Para Boff, “os
pobres gritam porque são oprimidos. A teologia da libertação nasceu tentando
fazer justiça ao grito deles. Mas não apenas os pobres e oprimidos gritam.
Gritam as florestas, as águas, os animais, grita a natureza e geme a Terra.
Todos estão submetidos a um processo sistemático de opressão e devastação. Não
apenas os pobres, mas todos, reféns de um paradigma que propôs explorar de
forma ilimitada todos os recursos e serviços da Terra. É o paradigma da vontade
de poder como dominação. Daí sermos todos oprimidos e necessitados de
libertação”.
Leonardo Boff, afeiçoado ao PT, não
perdoa a presidenciável Marina Silva, filiada ao PSB e segue outros paradigmas
que não os do antigo partido. Logo ele, fervoroso ambientalista, especialmente
da floresta amazônica. Aliás, petista detesta ex-petista; prefere abraçar a
escória imunda, condenada no passado, a acatar críticas de ex-membro do PT.
Em 2010, Boff sonhava com uma representante dos povos da floresta, dos caboclos,
dos ribeirinhos, dos indígenas, dos peões vivendo em situação análoga à
escravidão, chegar a presidente do Brasil. Hoje. Em entrevista ao site Viomundo,
Boff classifica a ex-petista, ex-católica, agora membro da igreja Assembleia de
Deus, de fundamentalista, piegas, retrógrada em pleno século XXI: “O que Marina
pratica é o fundamentalismo. Este é uma patologia de muitas religiões, inclusive
de grupos católicos. O fundamentalismo não é uma doutrina. É uma maneira de entender
a doutrina: única verdadeira e as demais estão erradas e como tais não têm direito nenhum.”
Marina Silva, 56 anos, magérrima, analfabeta até aos 16, semblante
debilitado, resultado de cinco malárias, professora, psicopedagoga,
ambientalista, foi vereadora mais votada em Rio Branco, também como deputada
estadual; senadora, depois reeleita, ministra do Meio Ambiente nos dois
mandatos de Lula, afastando-se do cargo e do PT, por discordar dos rumos
negativos do partido. Premiada na ONU e Suécia por sua defesa da floresta
amazônica. Conduta ética ilibada, mas bombardeada pelos adversários, devido à
aura de uma mulher capaz de dar nova cara e esperança à nação envolta pelo
crime organizado, tráfico de drogas, violência e lideranças corruptas.
Líderes do bem, quase sempre frágeis, ressurgem das cinzas da pobreza,
do campo hostil e anonimato, arrebentam a História. Ghândi, esquelético e mal
vestido, líder pacifista, resgatou a Índia do imperialismo britânico; Madre
Teresa de Calcutá, franzina e alquebrada, tesouro de gratidão às comunidades
excluídas; Papa João XXIII, modesto camponês e pouco letrado, empurrou a Igreja
para mudanças radicais, a partir do Concílio Vaticano II, convocado pelo mesmo
pontífice; Papa Francisco, abnegado jesuíta, ideais franciscanos, avesso a luxo
e privilégios do cargo; Francisco de Assis fundou uma ordem dentro de velha
pocilga. Na Bíblia, Moisés, educado na nobreza faraônica, resgatou seu povo
hebreu da escravidão para a Terra Prometida; Davi, pastor de ovelhas, último
dos irmãos, ungiu-se rei, venceu batalhas, institucionalizou a nação de Israel;
Jesus Cristo, criado na miserável Nazaré: “De Nazaré pode surgir tamanho
profeta?!” zombavam adversários. É que as coisas do alto escandalizam a
sociedade, quando se avaliam líderes pela pose e pelas posses, especialmente as
imundas. Leonardo Boff esqueceu-se de que Deus pode "transformar pedras em
filhos de Abraão” – proclamava João Batista, nas estepes e margens do Jordão.
NOTA DO EDITOR:
Francisco Miguel de Moura: - Eu já desconfiava, compadre José Maria Vasconcelos. Mas esse Leonardo Boff é mesmo um bofe, pra não dizer outra palavra.
NOTA DO EDITOR:
Francisco Miguel de Moura: - Eu já desconfiava, compadre José Maria Vasconcelos. Mas esse Leonardo Boff é mesmo um bofe, pra não dizer outra palavra.
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