quarta-feira, 3 de setembro de 2014

CHEGAMOS AO REINO DA ANARQUIA GENERALIZADA

Francisco Miguel de Moura*

     
           Leitores, algum de vocês já ouviram bem o discurso da D. Dilma? Onde é que ela fala no problema da segurança do país?  E como fala? Vai passando por cima, enrolando. É bom analisar estes detalhes. Diz apenas: “Eu vou fazer isto, vou fazer aquilo...” 

           Aí nos dá vontade de perguntar: - E por que ainda não fez? 

          Quem não fez em quatro anos não fará nos próximos quatro (se houver). Por que entregar novamente o governo do Brasil a quem destruiu a Petrobras, deixou só em buracos secos a transposição do São Francisco, acabou com a Eletrobrás, quebrou a Caixa Econômica e se valeu BNDS para mandar dinheiro para Cuba, Venezuela, Bolívia (olhem aí a droga) e para países da África, enterrou dinheiro nos Estádios para a Copa (elefantes brancos que vão ficar aí sendo destruídos pelas intempéries), deixou os serviços de saúde na miséria, a educação apenas um arremedo e a segurança neste pandemônio? Quantos cidadãos e cidadãs brasileiros, quantos jovem já foram assaltados e mortos, oferecidos em sacrifício a eles – os Deuses do Mal?

         Os quatro anos da presidente e candidata atual são continuidade do PT de Lula. E porque ele não fez, nos oito anos, alguma coisa? Aliás, fez, sim. Fez o que “nunca antes ninguém havia feito neste país”: Gastou, compactuou com a corrupção – a maior de todas da nossa história. - E fez grande fortuna para ele e a família.  Já vamos completando os 12 anos de reinado de um partido que veio para conserta o país – assim nós acreditávamos – e nada foi feito, (salvo falar mal de Fernando Henrique, o mago que deixou a inflação da época a zero e entregou-a cavalheiramente ao Lula). Ora, brasileiros de todos os recantos da terra mãe gentil, o que vocês querem mais? Levar o Brasil à bancarrota? Já está. Leiam e sintam os índices de nossa economia. Meçam-nos pela inflação que você sofre tanto quanto os beneficiários de bolsa família/bolsa escola. Os “petralhas” são arruaceiros que se infiltram nas manifestações pacíficas e reivindicações democráticas de estudantes e de outras classes. Os “petralhas” se infiltram, a mando de algumas pessoas e partidos já identificados, para fazer mal aos cidadãos e cidadãs reivindicadores e à juventude bem intencionada, mas principalmente para matar jornalistas e policiais. Isto é demoníaco. Os intelectuais bem intencionados do PT - que me perdoem - se estão no governo foi por causa do engano que lhes perpetrou a ideologia estalinista, via Rússia, nos tempos da Ditadura Militar (1964). Deviam repensar, sem medo de arrepender-se. Arrepender-se é humano; continuar no erro, não. Eu já votei no PT, quando acreditava, como outros, que ele teria um bom programa para o país e o executaria. Caí no canto dos vigaristas.   

        Mas voltemo-nos à segurança, este caos, esta anarquia generalizada do Oiapoque ao Chuí. Quanta matança de inocentes!. Já é quase um holocausto. E como estão nossas fronteiras com a Bolívia, Peru, Venezuela, Paraguai e outras? Por terra, por mar e pelo ar? E como vai nossa diplomacia declarando-se reverentemente a favor dos palestinos, entre outros desvios da nossa tradição na área?  E o governo não quer que os Estados Unidos saibam disto. Sabem, e estão de olho.

         Permitam-me, agora, fazer uma citação da revista “Época” (4.8.2014): “A expulsão do deputado estadual Luiz Moura pelo Partido dos Trabalhadores (PT), decidida pelo diretório paulista do partido na sexta-feira, dia 1ª de agosto, deverá selar a conclusão de um triste episódio de proximidade inaceitável entre o Estado e o crime organizado. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, Moura participou da reunião de uma cooperativa de transporte público em que, de 40 participantes, pelo menos 13 eram da facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC). Ligado ao secretário municipal de Transportes Jilmar Tatto (PT) – Tato doou 201 mil à sua campanha em 2010 -, Moura é citado na investigação da polícia que apura o incêndio criminoso de ônibus de empresas, a fim de favorecer grupos de perueiros. Condenado à prisão, por assalto à mão armada, em 1991, Moura fugiu antes do fim da pena, de 12 anos”. 

            Fatos gravíssimos. Não vou transcrever mais. Pelo que foi lido viu-se a ligação do governo com a facção terrorista do PCC: “ESTÁ TUDO DOMINADO” é o lema deles, já quase alcançado. Mostramos, na citação, apenas um caso. Certamente há mais que aos poucos vão sendo descobertos. Como é que um governo, ou um partido, ou um sindicato ou uma cooperativa se entranha, assim, nas posses dos traficantes, em negociatas com eles, em conchavos, recebendo doações? 

           A pergunta já foi respondida, pelo bom entendedor. O Brasil vai de mal a pior, estamos no reino da anarquia generalizada. Entregues a um partido que não tem liderança, mas muitas “tropas de choque”, a invadirem consciências e outros sítios inimaginados. É por isto que essa VIOLÊNCIA APOIADA não pode ser combatida com justiça. Um mal sempre leva a outro mal maior. Já meus pais me diziam, e eu acredito neles: “Acompanha-te com os bons e serás um deles; acompanha-te com os maus e serás pior do que eles.”.

           Outra citação que vale a pena, para este fecho, é aquela que se tornou clássica: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem caráter. O QUE MAIS ME PREOCUPA É O SILÊNCIO DOS BONS”, disse Martin Luther King.

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 Francisco Miguel de Moura - Escritor, Membro da Academia Piauiense de Letras.
          

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