Vindo ou ido, zumbindo ou calado
Nenhum poema subexiste:
- O mundo está findo,
Se envergonha de nós
Nada se reproduz, morrem as eras.
Secam ares, mares, águas,
Areias riem, ringem, raiam.
Agonizam os céus de poeira,
Um raio descomunal parte a esfera,
Sem norte nem sul, sem leste ou oeste.
Passaram os dinossauros,
Passarão os homens, sem nenhuma ação,
Sujeitos pensantes que queriam-se deuses.
Formigas formigarão,
Correm baratas a blaterar
Cupins discutem a fórmula de combate:
- Como ser o menor dos menores,
Sem sexo e sem cabelos?
Todos criarão asas sem espírito
E cairão...
Dói não saber como chegar ao fim!
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*Francisco Miguel de Moura, nascido em Jenipapeiro (logo picoense e piauiense), morou na Bahia, interior e capital, no Rio e voltou, fixando em Teresina, a cidade mais bela do mundo, sua cidade mais amada. Membro da APL(Academia Piauiense de Letras-Teresina-PI) e da IWA (International Writers and Artists Association – Estados Unidos)
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