quinta-feira, 4 de julho de 2013

FRANCISCO MIGUEL DE MOURA - SONETO

SONETO
Autor:
Francisco 
Miguel
 de                 
Moura









Da vida, a gente pouco ou nada sabe,
Viver, talvez por isto, é o grande apelo.
Dos sentidos humanos faz-se um elo,
O maior bem que por aqui nos cabe.

Distinguir, por acaso, o consequente
Resto de amor, depois de uma refrega,
Eis o que faz a fé que não se entrega,
Ou a luz que renasce da semente.

Não somos a história. O que fazemos
Acumula no todo que seremos,
Afinando o instrumento mais constante.

Mas fomos mal, nos diz o coração,
Por não tecer da vida uma canção
Plena de amor e de arte a cada instante.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...