Autor:
Francisco
Miguel
de
Moura
Da vida, a gente pouco ou nada sabe,
Viver, talvez por isto, é o grande apelo.
Dos sentidos humanos faz-se um elo,
O maior bem que por aqui nos cabe.
Distinguir, por acaso, o consequente
Resto de amor, depois de uma refrega,
Eis o que faz a fé que não se entrega,
Ou a luz que renasce da semente.
Não somos a história. O que fazemos
Acumula no todo que seremos,
Afinando o instrumento mais constante.
Mas fomos mal, nos diz o coração,
Por não tecer da vida uma canção
Plena de amor e de arte a cada instante.
Um comentário:
bela poesia.
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