quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

SIDERAÇÕES

Francisco Miguel de Moura*


O sentido das coisas paradas se enrolam
Na intenção das pessoas desencantadas.

Ninguém sabe viver sua hora,
Ou sua eternidade.
Ninguém aprende que melhor seria
Se nada soubesse.

E se o amor dá sentido à vida...
Qual vida e qual presente?  
E qual amor? Um siderante amor?

Andam em dupla por ondas salgadas,
Ou sonoras, atrás de corais e lodo
Tristes, na falta do sol e do vento.

O amor permanece na parte escura
Dos olhos da alma: o DNA das coisas
E das vidas unidas aos pedaços.

Estamos nessa nuvem perdida
Entre céus de cometas e asteróides.

Assim, quanto espero do amor:
Posso nem vê-lo, menos alcançá-lo?
Devo esperar não perder a espera
Mais a esperança.
Sem entender, e isto já eleva.

Todos deveriam estar contentes consigo
E o mundo jamais ia parar. Nem doer.

______________
*Poeta brasileiro, com vários livros publicados.
 Endereços:
 e-mail:franciscomigueldemoura@gmail.com
Av. Rio Poty, 1870 – Ap. 603
64049-410 – Teresina, Piauí - Brazil

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