Francisco Miguel de Moura
Escritor, membro
da Academia
Piauiense de Letras.
Piauiense de Letras.
Como a ciência arqueológica já demonstrou, até agora,
há enormes possibilidades de que o “homo
sapiens” seja originário da África, possivelmente daquela região onde hoje
se encontram a Etiópia, a Tanzânia e o Quênia, conforme pegadas e restos de “hominídios” encontrados por ali, com
data de mais ou menos 3,6 milhões de anos. E assim se expressa o historiador
Geoffrey Blainey: “Na Tanzânia,
descobriu-se um registro primitivo pelo qual se conclui que dois adultos e uma
criança caminhavam sobre cinza vulcânica amolecida por uma chuva recente. A
seguir, as suas pegadas foram cozidas pelo sol e, aos poucos, foram cobertas
por camadas de terra; as pegadas, definitivamente humanas, têm mais de três milhões
e seiscentos mil anos”. E continua o historiador mencionado: “Embora, até mesmo isso seja considerado um
fato recente na história do mundo contemporâneo, pois que os últimos dinossauros
foram extintos há cerca de 64 milhões de anos”. Fato líquido e certo é que
há 2 milhões de anos “hominídios”
viviam na África, eram poucos e de menor altura do que seus descendentes que
hoje povoam a Terra, todos os continentes.
Assim, seguindo também a tradição bíblica, Adão teria
nascido na África e tinha cor negra (a boa cor), e todos somos
afro-descendentes. Eva veio depois – ninguém sabe quanto tempo demorou para que
ela aparecesse na terra – também possivelmente era preta (ou já havia amorenado
até chegar aonde Adão se encontrava, na verdade um paraíso, pois havia campos
planos para andar, apanhar frutos, rios para pescar, matas aonde caçar e por
onde correr para as cavernas, seus abrigos. Claro, havia muito cuidado para se
livrarem da serpente (ou as serpentes, de modo geral), mas Eva parecia ainda
não saber disso e se deu mal. Trata-se do Éden, presente de Deus.
A outra raça que julgam ter existido mais ao norte, no
continente que se chama hoje Europa, foi a do homem de Neanderthal, uma espécie
que a maioria dos pesquisadores e cientistas dizem ter desaparecido sem deixar
descendentes. Possivelmente, porque morreram todos de fome e frio, e de guerras
entre si. Suponho eu que tenham sofrido mudança na cor da pele e ficado mais claros
por causa da neve e do gelo (se realmente não eram outra raça, mas um pequeno
ramo do homem de Tanzânia que se desgarrou e afogou-se no tempo).
A chamada raça amarela é outro ramo que talvez,
desesperado por falta de alimentos, seus integrantes passaram a correr os desertos
da Sibéria e, exaustos e desnutridos, chegaram à China e à Oceânia, ali encontrando
campos excelentes, onde havia arroz em abundância, para comer. E de tanto comerem
desse cereal e outros semelhantes, tomaram essa cor menos preta. Mas é preciso
dizer também que um dos países mais populosos do mundo, hoje, é a Índia,
povoada predominantemente por gente de cor morena, herança da boa raça. Talvez
porque da mãe África não estava a Índia tão longe.
Como que voltando às origens, os amarelos hoje começam
a imitar os costumes ocidentais, inclusive mudando, com cirurgias, o tipo de
olho puxado, que é o que mais os diferenciam de nós, os filhos da mãe África,
que são sempre mais fortes, vivem mais e procriam mais. Se se fizer uma
estatística séria, abrangendo toda a população do planeta Terra, deve ser
maioria a raça negra e congêneres: mulatos, morenos, etc.
Então, pensar bem é considerar a verdade da nossa
origem e que os africanos estão mais próximos dessa origem. Pensar também que
Eva (a primeira mulher), tenha sido criada à semelhança de Adão - a diferença
maior está no sexo, para facilitar o crescimento do “hominídio” em quantidade – porque, em qualidade, segundo Geoffey
Blainey – baseado nos melhores estudos da área – “entre os últimos 500 mil e 200 mil anos, o cérebro humano sofreu (sic) um crescimento notável em volume, e isso
foi um grande acontecimento na história das mudanças biológicas”.
Vamos pensar que Jesus-homem era moreno, como
descendente de judeu. Vamos acabar com o “racismo”, de uma vez por todas, que é
muito melhor. Vamos considerar todos iguais, todos inteligentes e descendentes
do “homo sapiens”. Que as diferenças
sejam tratadas como tendo causa nas circunstâncias do tempo e nas condições que
lhes foram colocadas, ou a que eles se apegaram por tantas razões que não cabem
ser aqui analisadas. E considerar o dito e o interdito como verdade. Parafraseando
o poeta Fernando Pessoa, que escreveu “as
coisas são o último sentido oculto das coisas”, assim, eu digo que “A
VERDADE É O ÚLTIMO SENTIDO OCULTO DA VERDADE”.
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