Francisco Miguel
de Moura*
O olho é pequena brecha.
Olho pra dentro e por fora.
Quem é ela, quem seu olho?
Não sei!... Isto me molesta.
Olho de cá, ela de lá m’olha
Sem que veja, raios partem.
E eu juro que o poema é dela.
Pra ficar no bom da festa.
Cadê a menina... Aquela
Que está por dentro e não vejo?
Cadê o menino? O meu olho
Beijos merece!... Azulejo.
O dia todo neste arrolo,
À noite sem ver estrelas...
E assim nasce o poemolho
Perdido
No olho em que não me vejo.
No olho em que não me vejo.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro pós moderno, com 32 livros publicados, mora no Píauí, Brasil - Capital: Teresina.
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