segunda-feira, 2 de maio de 2011

A VOZ DO FETO

HOMENAGEM AO DIA DAS MÃES


Francisco Miguel de Moura*       


Mamãe querida, tenha fé em Deus,
Não tome esse remédio que envenena,
Ainda sou pessoinha tão pequena,
Não me troque por vãos prazeres seus.

Respeite: a minha vida é sua vida,
Você pode ser boa e dar carinho,
Quando aí eu chegar com meu chorinho
Você se sentirá bem comovida.

Quando eu nascer serei a recompensa.
Ai, sou pequeno! E como defender-me?
Posso saber por que em mim não pensa?

Quero dormir, não ser expulso agora,
Não me possua qual se fosse um verme. 
Só Deus nos diga: “Já chegou a hora!”

_____________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí –Brasil.

2 comentários:

Gisa disse...

A maternidade tem sido um dos maiores prazeres da minha vida. Só sendo mãe para saber o quão belo é o choro, a fala, a busca, o joelho ralado, o sorriso, a mão, o toque, o beijo, enfim o brilho eterno de Deus naquela vida criada dentro da gente.
Pena que algumas mulheres não entendam isso...
Um grande bj querido amigo

Anônimo disse...

Tantas maravilhas já feitas por mães de todo o planeta. Tantos sacrifícios, tantas renúncios, tantos atos de heroísmo. E num dia como hoje, de homenageá-las, se escolhe para lembrar do tema um assunto tão polêmico, difícil de ser avaliado por quem está, por natureza, do lado de fora. Do camarote tudo é simples. Já fiz um aborto, mas não foi por desamor; foi por abadono. E se eu não tivesse abortado, e ninguém tivesse adotado o filho que com treze anos não tinha condições de criar, e se ele aparesse no sinal roubando, ninguém pensaria em protegê-lo, mas em pegá-lo e arrebentá-lo, como escuto a opinião de muitos brasileiros que se dizem do bem. O que vejo são as mesmas pessoas que radicalizam contra a morte de embriãozinhos, se comportarem friamente diante de crianças fomintas e abandonadas nas ruas. Pura hipocresia e conservadorismo. E aqueles que nasceram, não foram abortados, mas estão aí sem amor, sem carinho e sem oportunidades, desfilando diante de nossos olhos indiferentes? Não venham dizer que a culpa é do Governo, pois este é somente o reflexo da sociedade, que muito se incomoda com os embriãozinhos, mas fecha os olhos para aqueles que estão nas ruas. Ah! Vamos salvar os embriões!!! E peia e morte para os que já estão por aí sem eira nem beira. Quanto sentimentalismo e pieguisse!!! As classes mais abastadas mandam fabricar embriões em laboratórios, pegam um ou dois para satisfazer a vaidade de ter filhos e deixam os demais no laboratório, e isso não é crime!!!
Patrícia M. G. da Costa
Planeta Terra dos faz de conta.

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