Francisco Miguel de Moura*
Mamãe querida, tenha fé em Deus,
Não tome esse remédio que envenena,
Ainda sou pessoinha tão pequena,
Não me troque por vãos prazeres seus.
Respeite: a minha vida é sua vida,
Você pode ser boa e dar carinho,
Quando aí eu chegar com meu chorinho
Você se sentirá bem comovida.
Quando eu nascer serei a recompensa.
Ai, sou pequeno! E como defender-me?
Posso saber por que em mim não pensa?
Quero dormir, não ser expulso agora,
Não me possua qual se fosse um verme.
Só Deus nos diga: “Já chegou a hora!”
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí –Brasil.
2 comentários:
A maternidade tem sido um dos maiores prazeres da minha vida. Só sendo mãe para saber o quão belo é o choro, a fala, a busca, o joelho ralado, o sorriso, a mão, o toque, o beijo, enfim o brilho eterno de Deus naquela vida criada dentro da gente.
Pena que algumas mulheres não entendam isso...
Um grande bj querido amigo
Tantas maravilhas já feitas por mães de todo o planeta. Tantos sacrifícios, tantas renúncios, tantos atos de heroísmo. E num dia como hoje, de homenageá-las, se escolhe para lembrar do tema um assunto tão polêmico, difícil de ser avaliado por quem está, por natureza, do lado de fora. Do camarote tudo é simples. Já fiz um aborto, mas não foi por desamor; foi por abadono. E se eu não tivesse abortado, e ninguém tivesse adotado o filho que com treze anos não tinha condições de criar, e se ele aparesse no sinal roubando, ninguém pensaria em protegê-lo, mas em pegá-lo e arrebentá-lo, como escuto a opinião de muitos brasileiros que se dizem do bem. O que vejo são as mesmas pessoas que radicalizam contra a morte de embriãozinhos, se comportarem friamente diante de crianças fomintas e abandonadas nas ruas. Pura hipocresia e conservadorismo. E aqueles que nasceram, não foram abortados, mas estão aí sem amor, sem carinho e sem oportunidades, desfilando diante de nossos olhos indiferentes? Não venham dizer que a culpa é do Governo, pois este é somente o reflexo da sociedade, que muito se incomoda com os embriãozinhos, mas fecha os olhos para aqueles que estão nas ruas. Ah! Vamos salvar os embriões!!! E peia e morte para os que já estão por aí sem eira nem beira. Quanto sentimentalismo e pieguisse!!! As classes mais abastadas mandam fabricar embriões em laboratórios, pegam um ou dois para satisfazer a vaidade de ter filhos e deixam os demais no laboratório, e isso não é crime!!!
Patrícia M. G. da Costa
Planeta Terra dos faz de conta.
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