quarta-feira, 27 de abril de 2011

COMO SER UM CIDADÃO DO MUNDO?

COMO SER UM CIDADÃO DO MUNDO?
    
Francisco Miguel de Moura*
É fácil e difícil ser um cidadão do mundo. A primeira regra é respeitar o outro, ou seja, saber conviver com as diferenças. Não há ninguém igual, nem nada, por isto, às vezes bate a solidão no homem – combatida pelos mais variados meios, nenhum eficaz: fumo, álcool, droga, sexo, etc. Só a consciência de que todos somos iguais nalguma coisa (fragilidade, por exemplo) e a humildade da comunicação pode salvar o homem da ansiedade e da depressão. 

Matéria como matéria, somos putativamente iguais, pois tudo quanto existe é matéria, animada, inanimada, amorfa, fluida, gasosa ou líquida: e aí, nesses e noutros aspectos, já se notam a diferença. Os espíritos se diferem mais, pois somos nós que os construímos.  E essa construção não é fácil. Começa quando nascemos ou talvez muito antes, no bucho da mãe, na força do pai, nas heranças recebidas e continua na educação, direito social que os governos não deviam negar a todos os homens.

A segunda regra é respeitar o ambiente natural, a natureza-mãe, as águas e os ventos, a terra como um todo: Não poluir o meio-ambiente, contribuindo para melhorar onde for necessário e possível.

 Creio que todas as demais condições derivam das duas. Porém, acredito no direito à liberdade e à segurança. A falta de um desses direitos exclui o outro. E a falta dos dois é como que anulação da vida e do espírito.  A vida, recebida de graça, é o mais importante de todos os bens, e deve ser vivida com dignidade. Tudo isto é cidadania, pois, no mundo moderno, todos os espaços se transformaram em cidades. O mundo é uma cidade.  Nos Estados Unidos moderno há uma tendência à independência total de cada Estado. Ohio, Texas, Califórnia, etc. são cada vez mais estados-cidade, segundo os futuristas.
            
Entretanto, o mundo ainda não é totalmente moderno. Vejamos a África, partes enomes da Ásia, a América do Sul e Central. Só são modernos os Estados Unidos e a Europa. Mas não estão livres do terrorismo, da droga, do fundamentalismo de várias religiões, da violência de todo tipo, inclusive matanças em série. Daí, cadê  o mundo civilizado? Cadê o cidadão? 
            
Pessimista, eu acredito que está longe. Se poucos colaboram, o individualismo se extrema, as religiões se dogmatizam, a imprensa cada vez mais massifica o povo, os governos, sempre corruptos e despóticos, ficam indiferentes ao bem geral. Amar, ler, pensar, escrever, denhar, cantar – mas cantar boas canções, não apenas fazer barulho – são ações imprescindíveis para que o homem tenha um espírito de cidadão, onde cada um seja por si, como é a natureza da nossa espécie, mas cada um também seja por todos: solidários.           
Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, mora em Teresin, PI.

2 comentários:

CHIICO MIGUEL disse...

É verdade que tudo o que você escreveu acontece e é muito errado. Mas isto não quer dizer que o aborto não seja uma violência contra um ser vivo, da nossa espécie humana. Não é certo que se diga que um coisa está errada porque outras estão,especialmente se essa coisa, no caso é criança, feto, ou sêmem estraviado. O mal é o mal, se a natureza deu à muler o poder de gerar e criar o filho por nove meses, ela tem o dever de cumprir. Caso o estado venha a dizer que não cataloga o aborto como crime, não signifca que não seja. O estado deve ser o dono da vida de ninguém, especialmente do feto, para dizer que podemos destruí-lo à vontade. A mãe é dona do feto e dever guardar a vida até que a natureza lho peça de volta.

francisco miguel de moura
francisco miguel de moura

CHIICO MIGUEL disse...

RETIFICAÇÃO:
Onde está "muler", no comentário acima, deve ser entendido como mulher.

O estado não deve ser o dono da vida de ninguém - assim deve ser lida o começo do parágrafo acima que é o penúltimo (perdoem-me pelos descuidos).

FRANCISCO MIGUEL DE MOURA

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