Francisco
Miguel de Moura Júnior*
Se faço versos é por desespero e solidão.
Alguns poucos sabem muito e muitos não conhecem nada,
mas, que diabo! até o poema tem suas teimosias...
Ainda assim insisto em viver.
Não sei de que princípio isso se origina,
mas reside na madrugada de silêncio terminado.
A súbita alegria do amanhecer logo se apavora
e nem por isso a rua vazia se resvala.
O olhar inaudito sobre o nada,
que no revés constroi a tardança,
grita o partir inconsciente e manso.
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*Miguel de Moura Júnior, poeta, bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí, nasceu em Itambé - BA. Mora em Teresina, Pi. Funci. da Caixa Econômica Federal.
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