
Francisco Miguel de Moura*
No compasso dos pés tomar caminho,
Com duas mãos podemos mais sentir,
Os dois braços nos dizem aonde ir:
Para as ações e abraços com carinho
Sem angústias nem choros, vamos rir
De nós, dos outros, da felicidade
Que nos trazem as horas de verdade,
Sufocando o vulcão preste a explodir.
O homem nasce condenado a agir,
Se não o faz, melhor nem existir,
E nesse agir-viver só há mudanças.
Arte e vida traduzem movimentos
Das águas, e dos astros, e dos ventos,
Viver, mudar são nossas esperanças.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
Um comentário:
Este soneto é lindo. Um clássico.
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