Francisco Miguel de Moura*
Para Machado de Assis,
gênio de nossa Literatura
Quando ela passa sem voltar o rosto,
orgulhosa do corpo, intenso lume,
no caminhar derrama um tal perfume
que cega o nosso olhar de tão bom gosto.
Quando ela vem de novo dá esperança,
e a gente nem pressente como passa
rindo ou cantando, com tamanha graça!
Impossível saber para onde avança.
Da vez próxima deixa de acenar
com a saudação comum de cada hora,
mesmo mostrando graça em seu passar.
Mas na última vez, vem tão sagaz,
que ao léu nos deixa e nem sequer se cora...
Quem sabe se ela volta ou nunca mais?
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Pi. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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