Olhos azuis do céu, puros, de monja,
Lábios grossos, mais alto um maxilar,
Se a boca fecha um bico faz-se no ar,
Mas quando ri, ri franco e sem lisonja.
Nariz perfeito, o corpo em linha certa,
Louro dolicocéfalo, do bem,
Comum inteligência. Para alguém
Pode ser chato, mas de mente aberta.
Leve, em pesado corpo, ai como voa!
Se alguém o fere, fala mas perdoa,
Guarda as lições do bem, e o mal deplora.
Mas não é nenhum santo e não se acalma,
Se alguém lhe nega a consciência e a alma,
Mais feio fica, e explode, e xinga e chora.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí.
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