RESISTÊNCIA
Francisco Miguel de Moura*
Ao pouco que me resta é que me ligo,
Vendo a vida, o amor, e não me intrigo.
Ao que me vem de fora e eu não sigo
Embora, em seus minutos, tudo arquivo.
Tenho as lições passadas como abrigo
E as dores todas como meu castigo.
Peço perdão a Deus, longe o inimigo,
Pois isto não me abala nem abrigo.
Do muito, quero pouco, e do perigo
Que a vida me prepara, eu nada digo.
Quero viver cantando... E se consigo,
Versos eu faço pra o melhor amigo.
Teresina, 21/03/2025 (Dia da
Poesia)
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