sábado, 22 de março de 2025

 



RESISTÊNCIA

                   Francisco Miguel de Moura*

 

Ao pouco que me resta é que me ligo,

Vendo a vida, o amor, e não me intrigo.

 

Ao que me vem de fora e eu não sigo

Embora, em seus minutos, tudo arquivo.

 

Tenho as lições passadas como abrigo

E as dores todas como meu castigo.

 

Peço perdão a Deus, longe o inimigo,

Pois isto não me abala nem  abrigo.

 

Do muito, quero pouco, e do perigo

Que a vida me prepara, eu nada digo.

 

Quero viver cantando... E se consigo,

Versos eu faço pra o melhor amigo.

 

                  Teresina, 21/03/2025 (Dia da Poesia)

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro

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