APRENDIZADO DA NOITE
Roberto Frost
(1874 – 1963)
Tenho sido um conhecedor da
noite.
Caminhando na neve e fora
dela,
Andei além das luzes da
cidade.
Vi, muito triste, os becos
das vielas
Onde um guarda espancava pobre
diabo,
E assim chorei por não me
esclarecer.
Pus-me de pé, parando o som
dos passos,
Quando distante me interrompe
um grito,
Vindo por sobre as casas de
outra rua.
Mas nada respondi nem dei bom
dia,
E além, parado, em não
terrena altura,
Luz um relógio sob o firmamento.
Errada ou certa, uma hora
então soou,
E eu me tornara um íntimo da
noite.
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Tradução:
Francisco Miguel de
Moura, poeta brasileiro, mora
E-mail:franciscomigueldemoura@superig.com.br
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