segunda-feira, 27 de junho de 2022

 

PARA EINSTEN

       Francisco Miguel de Moura*

 

Para mim sumiu o espaço estreito.

                        E o tempo já se foi

                        E eu estremeço.

 

Mas onde ficam? Me apresso...

 

Nem largo espaço ou estreito,

O que me sobra é um beco

Feito de pedaços secos...

 

Como engolir seus ecos pecos

Que vão caindo em seus tropeços?

 

O todo e o nada em seus avessos

Me sufocam, nem morro nem cresço.

 __________

 *Francisco Miguel de Moura, poeta piauiense

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