Aos picoenses que me conheceram
e aos que não me conhecem.
Minha doce e querida terra, ó Picos,
Entraste na minha alma de uma vez,
Porque és terra de pobres e de ricos,
E de brancos e pretos, com altivez.
Nesta terra é que os pobres ficam ricos
Nunca de uma só vez... Pelo trabalho,
Seja na empresa própria, seja em bicos,
Criando abelhas ou plantando o alho.
E assim, quanto mais quente tu estiveres,
Com a força e o estro que sobrar das feiras,
Canto os teus morros, curvas e mulheres...
Também nossa Matriz, que arquitetura!
E subo o Morro e peço que me queiras
Na embriaguez da tua formosura.
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*Francisco Miguel de Moura, picoense nascido no lugar Curral Novo, fazenda Jenipapeiro, poeta das duas cidades e do seu povo, até morrer.
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