segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

VELHAS PRAIAS

A Paulo Nunes Batista, agradecendo
seu soneto do mesmo nome.

Francisco Miguel de Moura*

As velhas praias... Que saudade delas,
Do nosso idílio em dias juvenis:
- Uma moça e um rapaz banhando nelas,
Sem roupas, sem segredos, sem ardis.

Almas voando... Ai, como o tempo voa
Nas palmeiras cantando... Porque o vento
Entre arrepios no horizonte ecoa
Atento ao som, à luz, ao movimento.

Almas e corpos que amam são a messe,
São a chama, a pureza, são a prece
Que se eleva do mundo ao Criador.

No sul, no norte, as praias são lembranças
Do tempo em que conosco as esperanças
Eram certezas como o nosso Amor.
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*Poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí

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