SECO E SÓ
Francisco Miguel de Moura,
para o poeta Carlos Drummond,
( de quem recebi belas lições de poesia)
As feras do secreto
do não-ser desdenham
no fundo do sentir:
Inventário do nunca.
É ninfa que se torra
sem voz, só esqueleto
a brandir surdamente...
Por si, o próprio algoz
com pernas de estupor,
sucumbe ao próprio peso.
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*Francisco Miguel de Moura, o poeta piauiense..
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