SEIOS - Soneto
Francisco Miguel de Moura
Teus seios virgens deixam-me
piscando
O olhar e, enfim, acordam
minha pele,
Fazem com que, ao sol, eu me
enregele
Na dança que executas
caminhando.
Quem me dera contigo falar,
quando
Talvez houvesse abraços e desvelos
E então sentir teus pomos
como uns selos
Sobre o meu coração, enfim,
te amando.
Perdido por teu ser, teu colo
eu sinto
De antemão. É que vivo (pois,
não minto),
Sustendo-me, talvez, qual se
sustentam
No poema de teu corpo os
estribilhos:
- Estes teus seios que hoje
me alimentam
E que amanhã saciarão teus
filhos.
Teresina, 5 de julho de
2011.
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