terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

 




SEIOS - Soneto

  

            Francisco Miguel de Moura

 

 

Teus seios virgens deixam-me piscando

O olhar e, enfim, acordam minha pele,

Fazem com que, ao sol, eu me enregele

Na dança que executas caminhando.

 

Quem me dera contigo falar, quando

Talvez houvesse abraços e desvelos

E então sentir teus pomos como uns selos

Sobre o meu coração, enfim, te amando.

 

Perdido por teu ser, teu colo eu sinto

De antemão. É que vivo (pois, não minto),

Sustendo-me, talvez, qual se sustentam

 

No poema de teu corpo os estribilhos:

- Estes teus seios que hoje me alimentam

E que amanhã saciarão teus filhos.

 

                            Teresina, 5 de julho de 2011.

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